COTIDIANO
Mautner reza a Jesus de Nazaré ao som dos tambores do candomblé
Publicado em 13/05/2019 às 7:14 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:35
É preciso exterminar A doença mental, física e assassina Do racismo, do anti-feminismo E do neonazismo
Jorge Mautner é judeu.
Jorge Mautner é filho do Holocausto.
Jorge Mautner é comunista.
Jorge Mautner é cristão.
Jorge Mautner reza para Jesus de Nazaré ao som dos tambores do candomblé.
Jorge Mautner quer que o mundo se "brasilifique" para não virar nazista.
Jorge Mautner é escritor.
Jorge Mautner é compositor.
Jorge Mautner é um homem culto.
Jorge Mautner faz da sua música um instrumento de difusão do seu pensamento rico e complexo.
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Muitos chegaram a Mautner através de Caetano Veloso.
Eu cheguei. Em 1972, quando ouvi o disco Para Iluminar a Cidade.
Mautner sempre correu por fora do sucesso, sempre ficou à margem.
A sua música é muito simples.
As letras me interessam mais.
Mas há um casamento eficaz entre as duas coisas.
Jorge Mautner é Jorge Mautner
Único.
Originalíssimo.
Tão lúcido e tão louco.
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Jorge Mautner está beirando os 80 anos.
Ele acaba de lançar um disco novo, de canções inéditas.
Não há abismo em que o Brasil caiba é o título.
Traz reflexões muito oportunas não necessariamente sobre, mas para o Brasil de hoje.
Elas se juntam a temas permanentes em Mautner.
O disco é dedicado à memória de Nelson Jacobina, seu parceiro por décadas.
Agora ele tem ao seu lado Bem Gil e os demais integrantes da banda Tono.
É um belo e produtivo diálogo de Mautner com músicos jovens.
Jorge Mautner é indispensável!
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Os versos em destaque lá em cima são da música Marielle Franco.
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