COTIDIANO
Menino de 2 anos morreu após ter órgãos 'rompidos' após espancamento, diz delegado
Perícia revelou que causa da morte foi hemorragia interna.
Publicado em 01/07/2021 às 12:31 | Atualizado em 01/07/2021 às 13:32
O menino de 2 anos que deu entrada morto, com vários hematomas, em um hospital de Campina Grande, na quarta-feira (30), sofreu pancadas tão fortes nas costas que chegaram a romper o rim e o fígado. A causa da morte foi hemorragia interna. A perícia também constatou que o menino tinha várias marcas de picadas de insetos e arranhões nas pernas e nos braços, sendo alguns já em cicatrização e outros mais antigos.
Segundo a Polícia Civil, o menino já estava morto há quase 9 horas quando foi levado para o hospital pela mãe. O laudo da perícia indicou que a criança morreu por volta das 23h da terça-feira (29) e a mãe da vítima só o levou ao hospital as 7h50 da quarta-feira. "Dormiram com uma criança morta, sabendo que ela estava morta", disse o delegado regional Glauber Fontes, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (1º).
Conforme o delegado, a criança deu entrada no Hospital de Trauma de Campina morto. No local, foram identificados vários hematomas no corpo da criança. A equipe da unidade hospitalar acionou a polícia, que ao chegar no local prendeu em flagrante a mãe do menino.
Além do menino que foi morto, a mulher tem dois filhos. O conselho tutelar resgatou as duas crianças, que agora estão sob a tutela do pai de uma delas. Segundo o homem, ele havia se separado da mulher após ela ter começado a usar drogas. Segundo a polícia, uma filha do casal, de 4 anos, também apresentou sinais de agressões físicas. A menina passou por uma perícia e, na manhã desta quinta-feira (1º), o laudo confirmou que a criança também sofria espancamentos.
De acordo com o delegado Francisco de Assis, da Delegacia de Homicídios, a mãe apresentava sinais de uso de entorpecentes. No depoimento, a mulher informou que trabalha com coleta de material reciclável , que estava muito cansada e que havia deixado a criança com o padrasto, o que entrou em contradição com o depoimento do marido dela.
Participaram das investigações e da coletiva de imprensa para apresentação das conclusões o delegado de homicídios, Francisco de Assis, o diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande, Márcio Leandro, o delegado regional Glauber Fontes e a delegada de homicídios Suelane Guimarães. Segundo Suelane, o caso só foi elucidado pela rapidez na conclusão da perícia no corpo da criança.
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