COTIDIANO
Mesmo inacabada, Cidade da Música é inaugurada no Rio
Prefeito Cesar Maia mostra sala de concertos e chora ao visitar instalações. E rebate as críticas: 'É para as próximas gerações, não para as eleições'.
Publicado em 26/12/2008 às 18:53
Do G1
Depois de adiamento, na semana passada, a Cidade da Música foi inaugurada na tarde desta sexta-feira (26), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O prefeito César Maia participou da solenidade, que teve descerramento de placa, benção do padre Marco Túlio de Carvalho e apresentação da banda da Guarda Municipal. O projeto, que contou com investimentos de R$ 518 milhões e muita polêmica, é considerado a menina dos olhos do prefeito do Rio.
A abertura acontece mesmo com o projeto inacabado, já que 5% da obra ainda estão por fazer. "A continuidade está garantida. Chegamos a 94% do valor empenhado, e os recursos restantes, que são cerca de R$ 37 milhões, estão vinculados numa conta específica. Até porque as pessoas que estão assumindo o governo sabem da importância e do valor da arte", disse Cesar Maia, que estima que a obra seja concluída em fevereiro.
"Não é apenas uma emoção, é também cumprir uma obrigação. Essa foi uma decisão difícil de ser tomada, porque é uma decisão para as próximas gerações, não para as próximas eleições. Mas, apesar das críticas e do custo, é uma decisão acertada, que não pode ser medida em votos", disse o prefeito sobre as possíveis críticas ao projeto.
Ainda durante o evento, o prefeito chorou ao ver a apresentação da banda, que tocou o hino nacional e clássicos da Bossa Nova, e brincou de maestro ao apresentar a principal sala de concertos do complexo, intitulada Sala Maestro José Siqueira. Ao entrar no local, Cesar Maia foi recebido pela Orquestra Sinfônica Brasileira, que ensaiava ao palco naquele momento.
No sábado (27), a Cidade da Música terá uma festa inaugural, com apresentação da orquestra fechada para convidados.
A inauguração da Cidade da Música estava marcada inicialmente para o dia 18, mas o Departamento Geral de Diversões Públicas dos Bombeiros vetou a festa, já que havia pendências em relação à segurança do local.
O principal impedimento foi em relação ao equipamento contra incêndio e do sistema anti-pânico local.
O complexo, que o prefeito define como um "shopping cultural", conta com 90 mil metros quadrados e terá, além das salas de concerto e música de câmara, 13 salas de ensaio e salas de aula, além de restaurantes, lanchonetes e lojas.
Do terraço, tem-se uma visão panorâmica da região, que abrange a praia da Barra e a Baixada de Jacarepaguá. Dois acessos subterrâneos por carro e um para pedestres estão sendo finalizados e unirão o Terminal Alvorada, na Avenida das Américas, à Cidade da Música.
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