COTIDIANO
Michael Jackson nasceu há 60 anos
Publicado em 29/08/2018 às 8:04 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:38
Se estivesse vivo, Michael Jackson faria 60 anos nesta quarta-feira (29).
Ele morreu em 25 de junho de 2009.
Transcrevo, em seguida, algo que escrevi na época da sua morte.
Tudo em Michael Jackson é feito de matéria pop: sua grande música, sua grande dança, sua vida mínima. Em nossos dias, só ele tem a mesma carga de popismo de Marilyn ou Elvis ou Elizabeth Taylor. Perto dele, Madonna parece uma mera teórica.
Quem disse foi Caetano Veloso. Está no encarte do disco Tropicália 2, de 1993.
Na época, Michael Jackson ainda não enfrentava as dificuldades com que conviveu nos seus últimos anos. Dangerous não fora tão bem sucedido quanto Thriller ou Bad, mas mantinha o artista em evidência com sua música (é lá que está o hit Black or White) e não com a exposição da sua intimidade. De todo modo, um detalhe no comentário de Caetano chamou minha atenção: a menção à vida mínima de Michael. A partir de então, passei a pensar que ele morreria cedo.
A morte de Michael Jackson, em junho de 2009, chegou pela Internet. Enquanto, na noite do dia 25, o Jornal Nacional dizia, em sua escalada, que o astro pop sofrera uma parada e estava num hospital em Los Angeles, um site americano dedicado a celebridades já dera a notícia.
A repercussão da sua morte foi ainda maior do que a de Elvis Presley ou a de John Lennon por causa da rede mundial de computadores cuja existência era coisa de ficção-científica tanto em 1977 quanto em 1980.
A sua música, síntese de elementos riquíssimos criados pelos negros americanos (blues, gospel, jazz, soul) e a sua dança (como se pudéssemos ter ali um Fred Astaire do fim do século) fizeram de Michael Jackson o melhor astro pop depois da geração de Elvis e da dos Beatles.
Com todas as suas virtudes e todos os seus defeitos, ele representou seu tempo com talento, graça, charme e elegância como nenhum outro que vimos dos 1980 para cá.
O menino que esbanjava talento nos tempos do Jackson 5, o adolescente que cantava baladas como Ben, o adulto recordista de vendas com Thriller – a música de Michael Jackson arrebatou milhões de fãs, mas não devolveu a felicidade que lhe foi retirada na infância.
Comentários