COTIDIANO
Militares deixam Haiti em 2012
ONU deverá aprovar a retirada de 1.600 pessoas que atuam na missão de paz do país caribenho.
Publicado em 30/09/2011 às 6:30
O Brasil deverá começar a retirar, a partir de março do ano que vem, 257 militares que estão na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, disse ontem o ministro da Defesa, Celso Amorim, conforme a Agência Brasil. Em outubro, segundo ele, a ONU deverá aprovar a retirada de 1.600 pessoas que atuam na missão de paz do país caribenho. A maior parte dos militares que deverá deixar a ilha chegou ao Haiti depois do terremoto que devastou o país, para dar reforço aos que já atuavam na pacificação. “Tudo depende da aprovação do plano de retirada pela ONU”, disse.
Amorim disse que o Brasil será o país que menos reduzirá seu efetivo no Haiti – que atualmente varia entre 2,2 mil e 2,3 mil militares. O mandato brasileiro como chefe da missão também passará por votação para ser renovado. Para o ministro, a saída das forças de paz deverá ocorrer gradualmente, de modo a entregar o Haiti para o seu próprio governo, de maneira responsável. “Não devemos e não queremos nos eternizar no Haiti, mas também não vamos sair de maneira irresponsável”, observou o ministro.
Entre o efetivo brasileiro que deixará o Haiti, não devem estar militares do Batalhão de Engenharia. Eles têm atuado na reconstrução de pontes, poços artesianos e produção de energia.
Após sair de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro comentou também sobre os planos do governo brasileiro de colocar um satélite de comunicações em órbita.
Segundo o ministro Celso Amorim, isso está sendo agilizado porque o Brasil poderá perder o espaço que tem na órbita da Terra se não enviar o satélite. “É um esforço que está sendo coordenado pelo Ministério das Comunicações, com a participação da Defesa. Ele [o satélite] deverá ser de propriedade do Brasil, mas não construído aqui porque nós ainda não possuímos tecnologia para isso”, relatou.
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