COTIDIANO
Moradora de rua tem corpo carbonizado dentro de veículo abandonado no Centro
A Polícia Civil descarta a hipótese de homicídio e acredita que o incêndio começou quando ela tentou acender uma pedra de crack.
Publicado em 08/11/2011 às 8:00
Uma moradora de rua morreu carbonizada na madrugada de ontem, em Campina Grande, quando o carro abandonado que ela usava como abrigo para dormir pegou fogo numa das principais ruas do Centro da cidade. A vítima foi Maria Isabel Silva, mais conhecida como ‘Filó’, que era usuária de drogas. A Polícia Civil descarta a hipótese de homicídio e acredita que o incêndio começou quando ela tentou acender uma pedra de crack.
O incêndio aconteceu por volta das 3h, na rua Iremar Vilarim, numa área onde funcionam várias oficinas mecânicas. O vigilante da rua só percebeu o incêndio quando ouviu os gritos da vítima que estava trancada no carro e não conseguiu sair. O Corpo de Bombeiros foi chamado até o local, mas não conseguiu resgatar a moradora de rua a tempo e ela acabou morrendo ainda no carro.
O carro incendiado era um Monza de cor cinza e placas MNN-2470/PB que estava abandonado há quase cinco meses no local. Segundo os mecânicos que trabalham na rua, o veículo pertencia a um motorista de transporte alternativo que não conseguiu solucionar um defeito e acabou deixando o Monza no local.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.
Segundo as investigações, a suspeita é que ela tenha tentado acender uma pedra de crack e acabou colocando o fósforo na embalagem com o tíner, solvente altamente inflamável. O fogo só consumiu a parte interna do carro, que estava trancado quando os bombeiros chegaram. Eles tiveram que quebrar um dos vidros para retirar o corpo carbonizado.
Ao lado do carro queimado, a polícia encontrou uma latinha de cerveja furada, usada geralmente como cachimbo artesanal por usuários de drogas, além de sapatos e sandálias pertences à vítima.
Maria Isabel tinha entre 25 e 30 anos e era conhecida no Centro da cidade. “Ela vivia pedindo dinheiro pra comprar crack e cola.
Pelo jeito que aconteceu, provavelmente, não foi criminoso”, relata o mecânico Wildemar Batista.
A família dela mora no Jardim Continental e relata que Isabel tinha problemas mentais e foi internada várias vezes. A investigação está sendo concluída pelo delegado Francisco de Assis Silva, da Delegacia de Homicídios. O laudo final da perícia será divulgado em até 30 dias.
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