COTIDIANO
Morreu Ângela Maria, uma imensa cantora do Brasil
Publicado em 30/09/2018 às 7:45 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:38
A cantora Ângela Maria morreu na noite deste sábado (29), em São Paulo.
Ela estava hospitalizada há 34 dias com um quadro infeccioso grave.
Tinha 89 anos.
É lugar-comum.
Mas é verdade.
Ainda será pouco tudo o que se disser para dimensionar essa voz e a importância de Ângela Maria na música popular do Brasil.
Sem ela, por exemplo, não haveria, do jeito que os conhecemos, nem Elis Regina nem Milton Nascimento.
Exagero?
Falando do tempo em que era aprendiz, é o próprio Milton que diz, cantando, em a A Feminina Voz do Cantor:
Sem o anjo que escutou A Maria Sapoti Quando é que seu canto Iria se abrir?
Abelim Maria da Cunha, como foi batizada.
Ângela Maria, o nome artístico que adotou.
Sapoti, como foi chamada pelo presidente Vargas.
Rainha do Rádio, como era conhecida pelos seus fãs.
Ângela Maria aprendeu a cantar no coro da igreja. Seu pai era pastor. Foi operária. Projetou-se no rádio. Começou a gravar em 1951.
Era uma cantora popular de verdade. Seu repertório nem precisava ser refinado. O que importava mesmo era como as canções soavam na sua voz.
Conheceu o sucesso pleno. Também ficou à margem.
Fez grande parceria com seu amigo Cauby Peixoto. Vi os dois no palco uma vez - performances absolutamente inacreditáveis.
Alguém cantava Babalú como ela?
E Vida de Bailarina? Nem Elis!
Seu último disco foi dedicado às canções de Roberto e Erasmo Carlos.
Ângela Maria foi (é) uma imensa cantora do Brasil!
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