COTIDIANO
Morte de Arafat é investigada
Um sobrinho do líder palestino Iasser Arafat, Naser al Qidwa, disse ontem que Israel envenenou seu tio.
Publicado em 13/07/2012 às 8:00
Um sobrinho do líder palestino Iasser Arafat, Naser al Qidwa, disse ontem que Israel envenenou seu tio com polônio e exigiu o julgamento dos supostos responsáveis.
"Nós acusamos Israel de haver envenenado a Iasser Arafat mediante uma substância mortal e exigimos que os responsáveis por esse assassinato sejam julgados", declarou Naser al Qidwa, presidente da Função Iasser Arafat, com sede em Genebra.
As principais acusações sobre a morte de Arafat, em novembro de 2004, surgiram após os médicos franceses que o tratavam não conseguirem determinar a causa do óbito.
No último dia 3, a Al Jazeera afirmou que o líder foi envenenado com polônio, uma substância radioativa, após análises de um laboratório na Suíça.
As análises foram feitas com uma amostra biológica extraída dos pertences do dirigente palestinos e entregues a sua viúva, Suha, pelo hospital militar de Percy, sul de Paris, onde Arafat morreu, segundo François Bochud, diretor do Institute for Radiation Physics de Lausanne, na Suíça.
"A conclusão é que achamos um nível significativo de polônio nas amostras", acrescentou Bochud no documento, que precisou de nove meses para ser concluído, segundo a Al Jazeera.
Polônio
O polônio é uma substância pouco comum e altamente radioativa. Ele teria sido utilizado para envenenar o ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto em Londres, em 2006.
Arafat adoeceu em seu quartel-general de Ramallah, na Cisjordânia, sitiado pelo Exército israelense, e morreu em 11 de novembro de 2004, em Percy.
Sua morte é um enigma. Os quase 50 médicos que se revezaram para cuidar do líder não indicaram a razão exata da deterioração de seu estado de saúde. Os palestinos acusaram Israel de tê-lo envenenado.
Para confirmar a tese de morte devido a uma intoxicação por polônio, seria preciso exumar os restos de Arafat e analisá-los, afirmou Bochud.
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