Morte de Rebeca completa um mês e inquérito ainda não foi concluido

Michelle Scarione
Do Jornal da Paraíba

Um mês após a adolescente Rebeca Cristina ter sido assassinada e estuprada, o inquérito que apura o homicídio ainda não foi concluído e continua em aberto. A família da adolescente acredita que as investigações estão lentas e que a identificação do acusado está demorando muito. A rotina da família foi alterada após o crime e a mãe da garota, Maria Cristina, está recebendo acompanhamento psicológico para tentar superar a perda da filha.

“Está sendo muito difícil chegar ao autor do crime porque existem muitas informações que não foram confirmadas. As pessoas fazem muitas denúncias anônimas, mas isso também acaba prejudicando o trabalho da polícia porque o volume de informações que não são verdadeiras é muito grande. A Polícia Civil e Militar estão trabalhando juntas, mas apesar disso eu acho que o inquérito está muito lento. Porém ainda acredito que o autor do crime será preso”, disse Edvaldo Soares, padrasto da garota.

A mãe de Rebeca contou que praticamente abandonou a casa em que morava com a filha porque sofre ao conviver com as lembranças tão fortes da menina. “A dosagem da minha medicação foi elevada, eu só consigo dormir à noite após ingerir calmantes. Um mês depois do que aconteceu eu ainda lembro a todo o momento da minha filha e no sofrimento que ela teve que enfrentar,” disse Maria Cristina. Por orientação da psicóloga o quarto que era ocupado por Rebeca Cristina na casa da família já foi desmontado e os objetos doados.

Hoje será realizado na rua em que a garota morava, no bairro de Mangabeira, às 19h um ato ecumênico de celebração e agradecimento pelos 15 anos que Rebeca Cristina conviveu com a família. O padrasto da menina informou que continua recebendo mensagens de solidariedade de todas as partes do Estado.

De acordo com o delegado Marcos Paulo, responsável pelas investigações do crime, o caso ainda está em fase de investigação e a equipe está checando as novas informações que surgem.“Estamos aguardando uma medida judicial, que seria a 5ª e também já fizemos muitas diligências. Um crime dessa natureza não pode ficar impune. Temos que checar todas as informações com cautela”, disse o delegado. O inquérito sobre o assassinato da adolescente já registra um volume com 230 páginas.