COTIDIANO
Morte por R$ 25 mil
Ex-diretor de presídio é um dos suspeitos de ter executado o preso, que foi espancado e carbonizado dentro do presídio de Catolé do Rocha.
Publicado em 17/05/2012 às 6:30
Cerca de R$ 25 mil. A Polícia Civil da cidade de Patos, no Sertão do Estado, investiga se foi esse o valor que teria sido pago pelo mentores intelectuais do assassinato do preso Marcelo Mesquita de Oliveira, morto vítima de tortura e que teve o corpo carbonizado dentro de uma das celas da penitenciária Romero Nóbrega, menos de 12 horas após ser detido durante a ‘Operação Laços de Sangue’, no final do ano passado.
Ontem os agentes da delegacia de homicídios e o delegado Hugo Lucena ouviram o depoimento do ex-diretor do presídio de Catolé do Rocha, Denis Pereira Januário. Ele é apontado como um dos executores de Marcelo de Oliveira e participante do crime, conforme as investigações realizadas pela Polícia Civil. De acordo com a polícia, o acusado teria entrado no presídio e, em companhia de outros suspeitos, espancado a vítima até a morte.
A polícia suspeita que o crime teria sido encomendado por integrantes da família Suassuna, que tinham travado por mais de 30 anos uma ‘guerra’ com a família Oliveira, à qual pertencia Marcelo Oliveira. A disputa provocou a morte de quase 100 pessoas ao longos dos anos, de acordo com a polícia. Em depoimento à polícia, porém, Denis Januário negou qualquer tipo de envolvimento com o crime.
“Estamos analisando as provas e verificando as informações que nos chegam para podermos aprofundar as investigações.
Realmente, a hipótese de que a morte tenha sido encomendada é bem forte, mas nós precisamos chegar aos que pagaram pelo crime. Ontem demos a oportunidade a ele de esclarecer os fatos, mas ele preferiu manter a mesma versão, de que não tem nada a ver com o caso”, relatou Hugo Lucena.
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