COTIDIANO
Mortes chegam a 59 em confrontos no Iêmen
Quatro soldados da brigada foram mortos em confrontos com as forças do governo, segundo fontes de um hospital da campanha.
Publicado em 21/09/2011 às 7:00
Novos confrontos foram registrados ontem em Sanaa, no Iêmen, onde tropas do regime mataram 53 pessoas em dois dias durante manifestações que exigiam a renúncia do ditador Ali Abdullah Saleh. Mais seis pessoas foram mortas ontem, elevando o saldo total de óbitos para 59, segundo fontes médicas. Franco-atiradores foram vistos posicionados em andares altos de edifícios, enquanto manifestantes tomavam as ruas ontem.
Os confrontos recomeçaram na rua Zoubeiri, onde os dissidentes estão acampados desde o último domingo, entre as forças de segurança e os soldados do general insurgente Ali Mohsen Ahmar, que se uniu à oposição em março.
Quatro soldados da brigada foram mortos em confrontos com as forças do governo, segundo fontes de um hospital da campanha.
Duas pessoas haviam morrido horas antes quando pelo menos três foguetes atingiram um acampamento dos manifestantes. Além de Sanaa, também foram registradas vítimas fatais em Taez, no sudoeste, nos últimos dias.
Depois de meses de repressão contra as manifestações pela renúncia do ditador Ali Abdullah Saleh, no poder há 33 anos, a crise iemenita se transformou agora em um confronto entre forças do governo e soldados que desertaram para a oposição.
No campo diplomático, a oposição iemenita ainda não se reuniu com os emissários da ONU, Jamal Benomar, e do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdellatif Zayani, que estão no país.
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