MP abre inquérito para investigar irregularidades em presídio

O Ministério Público da Paraíba (MP) determinou a abertura de inquérito policial para investigar denúncias de irregularidades na direção do Presídio Regional de Cajazeiras, no Sertão do Estado. Um relatório produzido por 14 agentes penitenciários afirma que alguns apenados recebem privilégios nas visitas íntimas e aponta ainda que houve transferência de presos sem autorização da Justiça.

As acusações são contra o atual diretor do presídio, o sargento Rivanaldo Freitas. Há ainda denúncias afirmando que um apenado estaria fazendo movimentações bancárias, depósitos e transferências para as contas pessoais de integrantes da direção da penitenciária.

O ofício com as denúncias foi recebido pelo promotor de Execuções Penais de Cajazeiras, Aristóteles Santana, que encaminhou o caso para ser investigado pela Polícia Civil. “Tudo será apurado. Os agentes apresentaram um documento com a finalidade de atribuir o crime de corrupção ativa à direção do presídio e diante da denúncia-ofício fiz o encaminhamento para que seja instaurado o inquérito, como caber ao Ministério Público”, explicou.

O ofício não apresenta provas ou documentos, mas cita os nomes de detentos que teriam privilégios e relata irregularidades que estariam acontecendo no interior do presídio. Os agentes relatam que dois apenados identificados como Cícero Cartaxo e Francisco Garcia estariam chantageando o diretor para receber privilégios na visita íntima.

O diretor do presídio de Cajazeiras, Rivanaldo Freitas, acredita que as denúncias são fruto de um complô que estaria sendo montado contra ele em resposta às mudanças realizadas na penitenciária pela atual gestão.

Ele já está sendo investigado desde outubro por ter promovido um bingo com os detentos, durante os dias de visitas, mas alega que a recreação é um processo de ressocialização.