COTIDIANO
MPF é contra revogação de prisão preventiva de afegão foragido
Homem é investigado pelo comércio ilegal de turmalinas paraíba, extraídas ilegalmente nas minas da empresa Parazul, em Salgadinho (PB).
Publicado em 10/11/2015 às 16:10
O Ministério Público Federal (MPF) recusou o pedido de revogação de prisão preventiva apresentado pelo afegão investigado pelo comércio ilegal de turmalinas paraíba, extraídas ilegalmente nas minas da empresa Parazul, no distrito de São José da Batalha, município de Salgadinho (PB).
Para o MPF, as razões que o foragido apresentou não são capazes de invalidar os fundamentos que levaram a Justiça a decretar a prisão cautelar. A instituição ressaltou que a situação jurídica de Zaherr Azizi é completamente diversa da situação dos demais réus do caso, razão pela qual entende que não deve haver extensão do benefício concedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região aos outros réus.
De nacionalidade afegã, Azizi aparece nas investigações como um dos sócios ocultos da empresa Mineração Terra Branca, juntamente com Sebastião Lourenço e João Salvador. Ele seria um dos integrantes da organização criminosa na Ásia, mais precisamente na Tailândia, sendo um dos responsáveis pela comercialização, no exterior, das turmalinas paraíba extraídas ilegalmente nas minas da mineradora Parazul.
Segundo informações apresentadas por embaixadas brasileiras no exterior, pesariam, ainda, sobre Zaheer Azizi e seus familiares, fundadas suspeitas da prática de vários crimes. Mais informações levantadas no curso da investigação revelam que Azizi também seria responsável pelas empresas Azizi Trading Corporations, situada em Peshawar, Paquistão; Hamid Azizi Construction, em Kabul, Afeganistão; Azuga Mining Company, na Nigéria; e Azizi Enterprises, no Tajiquistão.
Como o foragido não mora no Brasil, a Justiça Federal autorizou a propagação da ordem de prisão preventiva no canal de difusão vermelha da Interpol.
Em junho de 2015, o MPF denunciou sete pessoas envolvidas na exploração ilegal da turmalina paraíba em São José da Batalha. Os réus são acusados dos crimes de usurpação de matéria-prima pertencente à União, exploração de minério sem licença ambiental, organização criminosa com emprego de arma de fogo e por tentáculos internacionais. O esquema criminoso foi desarticulado durante a Operação Sete Chaves, deflagrada em 27 de maio de 2015, após intenso trabalho investigativo.
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