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COTIDIANO

Mais de 60% das mulheres não adotam sobrenome dos maridos após casamento na Paraíba

Levantamento dos Cartórios de Registro Civil da Paraíba mostra que maioria das mulheres não tem adotado o sobrenome do marido após o casamento.

Publicado em 13/12/2025 às 14:06


				
					Mais de 60% das mulheres não adotam sobrenome dos maridos após casamento na Paraíba
Cerca de 64,5% das mulheres não adotaram o sobrenome dos maridos após o casamento. Os dados são de um levantamento dos Cartórios de Registro Civil da Paraíba, que aponta que o índice atual de mulheres que adotam o sobrenome do cônjuge é o menor em 20 anos.

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De acordo com a pesquisa, apenas em 35,5% dos casamentos realizados a mulher adotou o sobrenome do marido, o menor número percentual desde a edição do Código Civil de 2005, quando isso ocorria em 50% dos matrimônios.

Em números absolutos, em 2024 foram realizados 18.431 casamentos na Paraíba, sendo que em apenas 6.542 a mulher adotou o sobrenome do marido. Em 2005, este número totalizava 8.820 adoções do sobrenome do esposo, dentre um total de 17.368 casamentos.

Mudança reforça autonomia

Segundo o presidente da Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), Carlos Ulysses Neto, os dados reunidos pelo levantamento evidenciam uma mudança na sociedade que veio acompanhada de maior autonomia feminina.

“As mulheres avançaram significativamente em termos de autonomia e protagonismo”, afirma. “Embora ainda existam desafios, é evidente que elas têm mais liberdade para decidir sobre sua própria identidade, e a escolha de não adotar o sobrenome do marido reflete essa independência crescente”, completa.

Em 2002, a entrada do novo Código Civil trouxe uma série de modificações para os relacionamentos, como os novos regimes de bens e a possibilidade de o homem adotar o sobrenome da mulher. No entanto, a alternativa continua sendo raríssima na Paraíba e ocorre em apenas 0,4% dos matrimônios.

Em 2005, em números absolutos, de um total de 17.368 casamentos, apenas 69 homens adotaram o sobrenome da esposa. No último ano, essa opção apareceu em apenas 77 celebrações, entre 18.431 casamentos registrados no estado.

Nomes de solteiro são mantidos após casamento

Em contrapartida, os casais têm optado cada vez mais por manter seus nomes de solteiro após o casamento. Essa alternativa aparece em 59,23% dos casamentos, o maior índice da série histórica, enquanto, em 2005, representava 27,82% das celebrações.

Em números absolutos, isso corresponde a 10.918 matrimônios sem alteração de nome em 2024, contra 4.832 em 2005.

Outra possibilidade que também registrou aumento foi a adoção de sobrenome por ambos os cônjuges. Em 2005, essa escolha ocorria em 3,74% dos casamentos; no último ano, representou 4,85% das uniões. Em números absolutos, eram 650 casos em 2005 e 894 em 2024.

A edição da Lei Federal nº 14.382/22 facilitou as mudanças de sobrenomes, abrindo possibilidade para inclusão de sobrenomes familiares a qualquer tempo, bastando a comprovação do vínculo, assim como a inclusão ou exclusão de sobrenome em razão do casamento ou do divórcio. Da mesma forma, filhos podem acrescentar sobrenomes em casos de alteração do sobrenome dos pais.

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Mabel Pontes

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