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COTIDIANO

Nelson Mandela morre em casa aos 95 anos

Mandela sofria de problemas respiratórios e estava recebendo cuidados médicos em casa e morreu na companhia de parentes.

Publicado em 06/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 13:17

O ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela morreu ontem aos 95 anos de idade. O falecimento do líder da luta contra o apartheid foi confirmado pelo atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em pronunciamento à nação. "Esta nação perdeu um grande filho", disse Zuma, segundo a agência de notícias argentina, Telam.

Mandela sofria de problemas respiratórios e estava recebendo cuidados médicos em casa. Segundo informações da agência pública de notícias sul-africana, Madiba, como Mandela era conhecido, morreu na companhia de parentes, no início da noite de ontem. Zuma disse que o ex-líder da África do Sul, afetuosamente chamado de Pai da Nação, agora está descansando em paz.

Mandela foi responsável pelo fim do regime de segregação racial na África do Sul, o apartheid. A bandeira do país estará a meio mastro a partir de hoje. O funeral será com honras de chefe de Estado.

Nascido em Transkei, na província do Cabo Oriental, em 18 de julho de 1918, Mandela ainda era um jovem estudante de Direito quando envolveu-se com a oposição ao apartheid. De ativista, sabotador e guerrilheiro, Mandela converteu-se em Prêmio Nobel da Paz e em um dos maiores estadistas do crepúsculo do século 20.

Na década de 1960, Mandela acabou condenado à prisão perpétua pelo regime sul-africano por envolvimento em atos de sabotagem. Entretanto, a partir da década de 1980, a pressão internacional sobre o regime racista sul-africano se intensificou.

O país tornou-se alvo de sanções econômicas a partir de 1986 e, em 11 de novembro de 1990, Mandela, foi libertado, após 27 anos de cadeia.

Por seu papel de resistência na brutal repressão do sistema do apartheid, Mandela recebeu o Nobel da Paz em 1993. A biografia disponível no site do Nobel lembra que Mandela defendeu a luta armada nos anos 1960, porém na prisão tornou-se o mais significativo líder negro sul-africano e "um potente símbolo da resistência, quando o movimento antiapartheid ganhava força".

Em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, tornando-se chefe de um governo de unidade nacional também representado por grupos minoritários.

DILMA LAMENTA PERDA

Na noite de ontem, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Mandela.

Na nota, Dilma afirmou que “o governo e o povo brasileiros receberam consternados a notícia da morte de Nelson Mandela. Personalidade maior do século 20, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul. Seu combate transformou-se em um paradigma, não só para o continente africano, como para todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade. O governo e o povo brasileiros se inclinam diante da memória de Nelson Mandela e transmitem a seus familiares, ao presidente Zuma e aos sul-africanos nosso sentimento de profundo pesar. O exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo”.

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Jornal da Paraíba

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