COTIDIANO
Nomes diferentes geram processos na Paraíba
Pessoas que têm nomes exóticos ou com grafias incomuns enfrentam situações embaraçosas. Registros podem ser mudados.
Publicado em 15/01/2012 às 8:00 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:29
Marias, Josés, Antônios, Franciscos, Anas. Eles estão por toda a parte, pois são os cinco nomes mais utilizados no Brasil, conforme levantamento da Proscore, Bureau de Informação e Análise de Crédito.
A pesquisa nacional foi feita junto ao banco de dados da empresa, que possui aproximadamente 165 milhões de Cadastros de Pessoa Física (CPF's) capturados em todo o Brasil. Foram apurados os 50 nomes mais comuns no país.
O nome Maria é usado por mais de 13 milhões pessoas, enquanto José, o segundo colocado, tem mais de 8 milhões de'usuários'. Logo depois, com números bem menores, está Antônio com cerca de 3,5 milhões de registros. Na sequência aparecem João e Francisco, com 3 e 2 milhões, respectivamente.
Na Paraíba, conforme os dados do cartório Azevêdo Bastos referentes ao registros deste ano, os nomes bíblicos também são preferência. Maria está no topo da lista, com 115 registros e, em seguida, aparece João, que teve 101 ocorrências só este ano. Segundo o oficial do registro civil e titular do cartório, Válber Azevêdo, na lista ainda estão incluídos Ana (88), Pedro (83) e o tradicional José (83).
Ainda conforme o oficial, toda a Paraíba registrou 55.945 crianças de janeiro a novembro de 2011, sendo a maioria delas no primeiro mês do ano (4.826), seguido por fevereiro (4.393).
“João Pessoa detém mais ou menos 25% do total”, comentou Válber, acrescentando que os nomes tradicionais e já conhecidos tem sido mais recorrentes.
Segundo Válber, devido a um maior monitoramento da Lei 6.015, que trata sobre os registros públicos, é muito raro uma criança receber um nome “esdrúxulo”, como era comum há anos atrás.
“Genericamente há nomes que não são comuns porque pertencem a outra cultura, como a estrangeira ou a indígena. Mas os registros estranhos não são mais comuns, já que a lei proíbe que sejam colocados nomes que possam levar o cidadão ao ridículo”, explicou Válber, ao acrescentar que, inclusive, o escrivão que fizer o registro nesses casos poderá incorrer em crime.
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