COTIDIANO
Número de PMs mortos chega a 89
Subiu para 89 o número de policiais militares (PMs) assassinados no estado de São Paulo desde o início do ano.
Publicado em 03/11/2012 às 8:00
Subiu para 89 o número de policiais militares (PMs) assassinados no estado de São Paulo desde o início do ano.
Ontem, um PM foi morto em São Bernardo do Campo. As circunstâncias do crime e o nome do policial não foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública. O caso será investigado pelo 3º Distrito Policial do município localizado no ABC Paulista.
Balanço divulgado ontem pela Polícia Militar informa a prisão em flagrante de 22 pessoas até as 6h de ontem. A polícia deu início na última segunda-feira a uma operação na Favela Paraisópolis, na zona sul da capital paulista. A PM apreendeu 15 armas, 324 munições de vários calibres, 2,4 quilos de cocaína, 254 quilos (kg) de maconha e 50 unidades de drogas sintéticas.
O comandante da Polícia Militar de São Paulo, Roberval França, afirmou hoje que também acha que o apoio do Exército é "desnecessário" no Estado. "O Estado tem 100 mil policiais militares e 30 mil policiais civis. Somos o maior contingente policial da América Latina e há grande volume de investimento em segurança no Estado", afirmou o comandante durante entrevista concedida ao telejornal "SPTV", da Rede Globo.
A declaração foi dada após a cerimônia que homenageou os policiais mortos em serviço, no mausoléu da PM, no cemitério do Araçá, na zona oeste de São Paulo.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve rejeitar a oferta do governo federal de deslocar tropas do Exército para ocupar áreas críticas de São Paulo, como a favela Paraisópolis, na zona sul.
Na conversa com a presidente Dilma Rousseff, o governador disse que não quer o Exército e que acha que a situação de São Paulo é bem diferente da que motivou a ocupação militar do Complexo do Alemão, no Rio. Mas ele não descartou de imediato. Ficou de analisar a proposta e tratá-la dentro da discussão para elaborar uma estratégia conjunta.
Em um primeiro momento, o governo federal cogita oferecer tropas federais, tanto do Exército quanto da Força Nacional de Segurança. A última vez que os governos federal e estadual fizeram um acordo para empreender estratégia conjunta na segurança pública em São Paulo foi em agosto de 2006, quando a facção criminosa PCC impunha há três meses uma onda de ataques contra a polícia paulista.
BATE-BOCA
A elaboração de um plano integrado já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, que disse, porém, que o governo paulista estava interessado só em verba para financiar projetos pontuais.
O tema virou motivo de bate-boca entre os dois governos.
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