COTIDIANO
Número de presos políticos aumenta
O levantamento inclui políticos dissidentes, ativistas de direitos humanos, jornalistas e blogueiros em todo o território do país.
Publicado em 23/03/2012 às 8:00
A Anistia Internacional revelou, em documento divulgado ontem, que o número de prisões políticas cresceu em Cuba nos últimos dois anos. O levantamento inclui políticos dissidentes, ativistas de direitos humanos, jornalistas e blogueiros em todo o território do país.
De acordo com a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, ocorreram 2.784 incidentes de abuso de direitos humanos entre janeiro e setembro de 2011, contra 710 em todo o ano de 2010.
A organização atribui o crescimento do número de abusos a uma nova tática de prisão, em que os detidos por crimes políticos ficam menos tempo na cadeia, o que aumentaria o número de ocorrências.
"Após a liberação em massa de prisioneiros políticos em 2011, as autoridades mudaram sua estratégia para silenciar os dissidentes, assediando ativistas e jornalistas com prisões curtas e atos públicos de repúdio", afirmou Gerardo Ducos, pesquisador cubano da Anistia Internacional.
A entidade de direitos humanos afirmam que as autoridades cubanas não toleram críticas a políticas do governo e denunciam o uso de leis de "desordem pública", "periculosidade" e "desrespeito" para perseguir presos políticos.
JORNALISTAS
Dentre as violações, estão incluídas a prisão de 65 jornalistas desde março de 2011, alguns deles de forma repetida. Um dos exemplos é o jornalista José Alberto Álvarez Bravo, de Havana, que foi detido 15 vezes, uma a cada 15 dias. Em 12 de julho, foi preso em casa, em que foram levados pela polícia um computador, pen drives, uma câmera digital, livros e documentos. Ele ficou na cadeia durante mais de 72 horas.
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