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COTIDIANO

O candidato do PT, pasmem!, não sabia o valor do salário mínimo

Publicado em 02/10/2018 às 10:16 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:37

Foi mais ou menos assim o diálogo.

O candidato do PRN (o partido de Collor) perguntou:

Qual o valor do salário mínimo?

O candidato do PT respondeu:

Deveria ser de 100 dólares. 

Ao mencionar um valor razoável para aquela época, revelou que não sabia. Claro, era um tempo de inflação alta, o salário era corrigido frequentemente, mas era inadmissível que o candidato do PT não soubesse.

Lembrei disso porque, para mim, está na antologia dos grandes momentos dos debates eleitorais realizados na Paraíba. E hoje (02) é o dia do debate da TV Cabo Branco com os candidatos que disputam o governo estadual. Mediação de Ernesto Paglia.

Outro momento antológico, no fim de uma campanha muito disputada.

O ano era 1990.

Ronaldo Cunha Lima X Wilson Braga. Mediação de Nonato Guedes.

O Ibope apontava para uma vitória de Wilson no primeiro turno. Não aconteceu. No segundo turno, com o apoio de João Agripino (que teve uns 150 mil votos), Ronaldo venceu.

Wilson não foi ao debate do primeiro turno. No do segundo, através de sorteio, foi Ronaldo que fechou o debate. A frase certeira do poeta acabou como manchete do jornal do dia seguinte:

A Paraíba quer paz! Braga nunca mais!

Se ver o debate pela televisão é bom, realizá-lo é ainda melhor. Há grandes emoções reservadas para a equipe envolvida.

Nos meus 20 anos de TV Cabo Branco, o debate mais marcante foi o de 2002.

Cássio Cunha Lima X Roberto Paulino. Mediação de André Luiz Azevedo.

No dia do debate, pela manhã, Paulino, governador que disputava a reeleição, anunciou que não iria. Passamos a viver horas de grande ansiedade. E frustração. Telefonemas pra lá. Telefonemas pra cá. Conversas com assessores. Tentativas e mais tentativas de convencer o governador a participar do debate.

Paulino foi. Acredito que todos estavam sob forte pressão.

A mim, coube dirigir o debate. No final, quando procurei Erialdo Pereira, nosso editor chefe, ele chorava convulsivamente debaixo de uma árvore, lá nos fundos da emissora. A tensão acabara.

Pois bem. Que tenhamos hoje um grande debate. Como merece a democracia.

Imagem

Silvio Osias

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