COTIDIANO
O governo errou com Zé Ramalho. Tomara que acerte com Vandré!
Publicado em 12/01/2018 às 9:42 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
No dia cinco de agosto de 2016, o governo estadual promoveu um concerto inesquecível de Zé Ramalho com a Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Foi um evento histórico no palco do teatro Pedra do Reino, em João Pessoa.
Um ano e cinco meses depois, o que se viu naquela noite foi transformado num DVD de baixa qualidade com erros grosseiros de edição.
Os erros cometidos no DVD foram assumidos pelo secretário Lau Siqueira, mas o gesto decente de Lau não justifica o primarismo da produção.
Estou voltando ao assunto por causa de um outro personagem da música paraibana: Geraldo Vandré.
Vandré, que não gosta de ser reconhecido como Vandré, está em João Pessoa, cidade onde nasceu há 82 anos.
O que já é público?
Que a Orquestra Sinfônica da Paraíba se prepara para tocar peças compostas por ele.
O que é desejo de muitos?
Que Vandré suba ao palco para cantar acompanhado pela Sinfônica.
Quem está em João Pessoa?
O mito da MPB conhecido como Geraldo Vandré ou o cidadão que prefere ser chamado apenas de Geraldo e que não gosta de falar sobre o que aconteceu há 50 anos?
Geraldo Vandré, o artista que fez Caminhando no turbulento ano de 1968, está "morto" há meio século.
Desde que voltou do exílio, ele se recusa a ter qualquer vínculo com o que produziu na era dos festivais.
O homem que, numa canção, convocou o povo para a luta armada, fez Fabiana para a Força Aérea Brasileira.
A despeito disso, continua sendo venerado pela esquerda.
E, por sua vez, parece gostar de cortejar o poder.
Na Paraíba, o fez pelo menos duas vezes. No governo de Ronaldo Cunha Lima. E, agora, no governo de Ricardo Coutinho.
Não é fácil conversar com Geraldo. A conversa dele não tem a necessária objetividade que a vida real pede.
O que surgirá, então, das conversas de Geraldo Pedrosa (ou Geraldo Vandré?) com a área de cultura do governo estadual?
Um concerto com músicas dele e um Vandré mudo no palco (como ocorreu no show de Joan Baez em São Paulo)?
Ou um concerto que faria ressurgir ao menos algo do artista de meio século atrás?
O tempo logo dirá.
Torçamos para que seja bem registrado em DVD!
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