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COTIDIANO

O que se sabe sobre o assassinato dos jovens que foram decapitados em Bayeux

Polícia investiga se eles foram mortos por morarem em uma região dominada por uma facção criminosa rival da que atua no local onde eles estavam.

Publicado em 09/07/2024 às 16:31 | Atualizado em 10/07/2024 às 9:40


				
					O que se sabe sobre o assassinato dos jovens que foram decapitados em Bayeux
Wendys de Caldas, de 24 anos, e Renan Douglas, de 16 anos, foram mortos em Bayeux. Arquivo

Dois jovens moradores do bairro Jardim Veneza, em João Pessoa, foram encontrados decapitados e enterrados após cinco dias desaparecidos. Os assassinatos de Renan Douglas, de 16 anos, e Wendes de Caldas, de 24 anos, chocou a localidade onde moram e já motivou dois protestos que interditou totalmente um trecho da BR-101, próximo às Três Lagoas. Confira abaixo o que se sabe sobre o caso:

Onde Renan e Wendes foram vistos pela última vez?

Renan e Wendes comparecerem a uma sucata no bairro de Imaculada, em Bayeux, no dia 4 de julho para comprar materiais. Eles se juntaram há um mês para trabalhar por conta própria comprando restos de pallets para reformar e vender.

Segundo a mãe de Renan, ele saiu de casa no início da tarde, depois que pegou R$ 200 emprestado para comprar material na sucata. "Como eu trabalho próximo a nossa casa, na quinta ele foi lá levar meu almoço. Foi quando pediu dinheiro emprestado, eu fiz um pix e ele foi na sucata", conta.

Imagens de câmera de segurança registraram a saída dele do local e, depois disso, não foram mais vistos. Segundo funcionários da sucata, eles chegaram por volta das 14h e foram embora após as 16h.

O irmão de Wendes, Wellington de Caldas, conta que o irmão costuma chegar em casa por volta das 18h30 durante os dias de semana, logo após o trabalho. "No final de semana, ele vai tomar a cervejinha dele. É muito tranquilo", diz.

O desaparecimento foi registrado no dia 5 de julho e remetido para a Delegacia de Homicídios.

Quando e como os corpos foram encontrados?

Os corpos de Renan e Wendes foram encontrados enterrados um em cima do outro, em uma cova rasa, no Rio do Meio, em Bayeux, nesta terça-feira (9).

Eles foram decapitados e estavam com as mãos amarradas. Segundo o delegado Diego Garcia, havia sinais de tortura.

Os corpos foram achados com marcas de perfurações de tiro. Além disso, os policiais também encontraram um facão próximo ao local, que pode ser uma arma utilizada no crime, não só para ferir as vítimas, como também para decapitá-las.

"As vítimas possivelmente foram mortas após serem interrogadas por esses criminosos no sentido de saber se eles eram integrantes de uma outra facção criminosa", afirmou o delegado Garcia.

De acordo com o delegado Diego Garcia, os corpos já seguiam em um estado considerável de decomposição, o que aponta para a possibilidade de que o homicídio tenha ocorrido no mesmo dia em que os jovens desapareceram.


				
					O que se sabe sobre o assassinato dos jovens que foram decapitados em Bayeux
Equipe da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar ao lado da cadela Thalia, que identificou o local onde os corpos foram enterrados..

Durante as buscas, a presença de urubus no local auxiliou a polícia e o Corpo de Bombeiros a delimitar um perímetro de buscas. Os corpos foram encontrados em uma área de mata fechada à beira de um rio, com a ajuda da cadela Thalia, do Corpo de Bombeiros Militar.

Qual a principal linha de investigação?

Segundo o delegado Diego Garcia, os jovens podem ter sido mortos por serem residentes de uma região que é dominada por uma facção criminosa rival da que atua no local onde eles estavam. Porém, a polícia não acredita que eles tenham envolvimento com a criminalidade.

A partir da localização e identificação dos corpos das vítimas, o próximo passo, ainda de acordo com o delegado Garcia, é formalizar o encontro dos corpos nos autos da investigação e identificar os autores do crime.

Suspeito preso

A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de ter envolvimento com a morte de Renan Douglas, 16 anos, e Wendes de Caldas, 24 anos. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi preso no bairro Rio do Meio, em Bayeux, após diligências policiais. Ainda segundo a Polícia, o suspeito é recém egresso do sistema penitenciário, e é investigado por diversos crimes contra a vida, além de ter envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).

O homem preso não teria agido sozinho e a polícia investiga a participação de outras pessoas. Ele foi ouvido nesta terça-feira e ficou em silêncio durante depoimento. A informação foi fornecida nesta quarta-feira (10) pelo delegado Diego Garcia, que ainda não divulgou o grau de participação do suspeito no caso.

Ainda conforme o delegado, a polícia chegou até ele através de denúncias anônimas e investigações de campo.

No momento da abordagem, o suspeito reagiu a ordem de prisão, e, segundo a Polícia Civil, teve que ser utilizada força proporcional para conter o suspeito. Com o homem, foram encontradas várias unidades de pinos de cocaína, e dois sacos maiores, ainda da mesma droga, que ainda seriam fracionados.

A Polícia Civil ainda informou, em nota, que está em diligências para localizar outros suspeitos de terem participado do crime que resultou na morte de Renan Douglas e Wendes de Caldas.

Protestos interditaram a BR-101

Dois protestos já interditaram um trecho da BR-101, nas proximidades das Três Lagoas, por moradores do Jardim Veneza, após o desaparecimento de Renan e Wendes.

O primeiro aconteceu na manhã da segunda-feira (8), ainda antes dos corpos serem encontrados, cobrando soluções para o caso.

Nesta terça-feira (9), uma nova manifestação foi feita no mesmo local, dessa vez cobrando justiça. Na ocasião, houve confronto com a polícia. PMs chegarma a disparar balas de borracha contra os manifestantes, e quatro pessoas foram detidas.

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Jornal da Paraíba

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