Morte de professor: veja o que se sabe sobre o caso

O caso do assassinato do professor aposentado Gilson Cruz Nunes, que foi considerado desaparecido e encontrado morto, tem repercutido na Paraíba. Um homem foi preso na noite do sábado (10) após confessar a autoria do crime. Nesta reportagem, o Jornal da Paraíba te explica o que se sabe sobre o assunto até este domingo (11).

Caso professor Gilson: o que se sabe

Suposto desaparecimento

O professor Gilson Cruz Nunes, de 63 anos, era considerado desaparecido desde o último domingo (4), quando o suposto companheiro dele relatou o desaparecimento ao Corpo de Bombeiros, em João Pessoa.

Os Bombeiros iniciaram as buscas após serem informados oficialmente do suposto desaparecimento. Mas, de acordo com a corporação, após análise de câmeras de monitoramento instaladas na região, não foi constatado que a vítima entrou no mar.

As Delegacias de Homicídios de Campina Grande e de João Pessoa, com o apoio da Unidade de Inteligência da Polícia Civil, passaram a realizar investigações qualificadas após os Bombeiros descartarem o afogamento.

Investigação

Dois boletins de ocorrência foram registrados sobre o caso. O g1 teve acesso ao boletim de ocorrência que o companheiro do professor registrou na quarta-feira (7), em Campina Grande, onde Gilson morava. No documento, ele relatou que ambos foram passar o domingo na praia da Penha de João Pessoa e que Gilson teria, segundo ele, desaparecido após mergulhar no mar.

O advogado da família de Gilson Cruz disse que uma pessoa próxima aos parentes fez um boletim de ocorrência após alguns dias do desaparecimento. No entanto, ao chegar na delegacia da Polícia Civil, foi informada que um outro boletim de ocorrência já havia sido feito pelo companheiro do professor. Ainda de acordo com o advogado, os familiares não sabiam do relacionamento.

Reviravolta no caso

Neste sábado (10), o homem de 29 anos que se identifica como companheiro da vítima, foi preso suspeito de assassinar e enterrar o corpo do professor aposentado. Segundo a Polícia Civil, ele mentiu sobre o afogamento na praia da Penha, em João Pessoa, e tinha denunciado o suposto desaparecimento.

De acordo com a Polícia Civil, na delegacia, na presença de seu advogado, o homem confessou o crime e afirmou ter matado a vitima, com um golpe de faca, após desentendimento ocorrido no início da manhã do dia 4, em sua casa, no bairro Cuités, em Campina Grande.

Após o crime, o suspeito envolveu o corpo de Gilson em um lençol e foi até a cidade de Massaranduba. Ele o enterrou no interior de um orquidário pertencente à vítima, localizado na zona rural do município.

Depois, o suspeito foi até João Pessoa, onde criou a ocorrência de desaparecimento da vítima na praia da Penha, com um suposto afogamento. O Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo foram acionados e realizaram buscas no mar.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para a exumação do cadáver, que estava concretado, e as perícias devidas foram realizadas pelo Instituto de Polícia Científica de Campina Grande.

O preso, que não foi identificado pela polícia, foi autuado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e será encaminhado à audiência de custódia.