COTIDIANO
Obama diz que líderes mundiais estão apreensivos com candidatura de Trump
Durante sua campanha eleitoral, republicano tem feito frequentes ataques a países que têm longa tradição de comércio com os EUA.
Publicado em 26/05/2016 às 15:02
O presidente Barack Obama disse nesta quinta-feira (26), em viagem ao Japão, que os líderes mundiais estão “apreensivos” com a iminente indicação de Donald Trump para concorrer à Presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro deste ano.
Obama chegou ao Japão ontem (25), depois de visitar o Vietnã. Amanhã (27), ele visitará Hiroshima, cidade atingida por uma bomba atômica lançada pelos Estados Unidos, em 6 de agosto de 1945, durante os últimos dias da Segunda Guerra Mundial.
Em entrevista à imprensa, Obama disse que a eleição presidencial norte-americana está sendo observada atentamente pelos dirigentes políticos internacionais. De acordo com ele, os líderes mundiais estão "surpresos" com a candidatura de Trump à Presidência norte-americana pelo Partido Republicano.
"[Os líderes mundiais] não têm certeza sobre o grau de seriedade que devem dar a alguns pronunciamentos [de Trump], mas eles estão apreensivos [com o candidato republicano], e por uma boa razão, porque muitas de suas propostas demonstram ou ignorância em relação a assuntos internacionais ou uma atitude arrogante", acrescentou Obama.
Obama disse que muitas propostas controversas de Trump se originam em informações de Twitter ou do noticiário em vez de buscar apoio em um pensamento que mantenha a América segura e o "mundo em equilíbrio."
Durante sua campanha eleitoral, Donald Trump tem feito frequentes ataques a países que têm longa tradição de comércio com os Estados Unidos. Em 2 de maio deste ano, em um comício em Indiana, Trump disse: "Não podemos continuar permitindo que a China permaneça a estuprar nosso país, e é isso que [os chineses] estão fazendo".
Trump também disse, em outros comícios, que pretende proibir muçulmanos de entrar em território norte-americano, chamou ainda de “horrendo” o acordo assinado pelos EUA com o Irã e se comprometeu a "construir um muro" ao longo da fronteira mexicana.
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