COTIDIANO
Obama pede sanção contra Irã
Presidente americano afirmou que "nenhuma opção está descartada" na ação de seu governo contra o Irã.
Publicado em 14/10/2011 às 6:30
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elevou o tom contra o governo do Irã, cujo comportamento chamou de "perigoso e irresponsável", e disse que o país está sujeito às "mais duras sanções possíveis" pelo suposto plano para matar o embaixador saudita em Washington. Em entrevista coletiva ao lado de Lee Myung-bak, presidente da Coreia do Sul - com quem os EUA acabaram de assinar um tratado de livre-comércio -, Obama afirmou que "nenhuma opção está descartada" na ação de seu governo contra o Irã. Em linguagem diplomática, a frase é usada para dar a entender que existe a possibilidade de uma ação militar em Teerã.
Obama disse, ainda, que é necessário mobilizar a comunidade internacional para que o regime iraniano fique "cada vez mais isolado e arque com as consequências do seu comportamento".
O Tesouro americano, por sua vez, informou estudar novas sanções contra o banco central do país persa. Hoje, na prática, instituições financeiras dos EUA já não fazem transações com bancos iranianos; o governo quer, porém, apoio de outros países.
Anteontem, Obama, e o rei saudita, Abdullah, condenaram a "flagrante violação" internacional e reiteraram a "relação sólida" entre os dois países. Os dois líderes deploraram a "flagrante violação" das normas internacionais e concordaram em buscar "uma resposta forte e unificada para que os responsáveis prestem contas por suas ações".
Obama e Abdullah destacaram ainda "o trabalho das agências de inteligência e das forças da ordem que permitiu frustrar esta conspiração", e reafirmaram a existência de "uma relação sólida" entre seus países.
Na última terça-feira, os EUA anunciaram o indiciamento de dois iranianos por, segundo o governo, tramar o assassinato do embaixador Adel al Jubeir com o auxílio de narcotraficantes ligados ao cartel Zetas, do México.
ACUSAÇÕES
O Exército de Guardiães da Revolução iraniana, vinculado pelos Estados Unidos a um suposto complô terrorista para matar o embaixador saudita em Washington, negou ontem qualquer relação com o plano, informou a agência oficial iraniana Irna.
Hossein Salami, vice-comandante do órgão, afirmou que as acusações americanas eram "sem fundamento". "Os recorrentes fracassos e frustrações da política externa dos líderes dos EUA os levaram a tal tentativa de distrair a atenção da comunidade internacional do colapso atual do capitalismo levantando disputas infundadas para criar desavenças entre os muçulmanos", disse Salami.
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