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COTIDIANO

Oficiais de Justiça denunciam ao CNJ nepotismo no TJ-PB

Representante de Sindicato destaca que é comum encontrar esposas de juízes em cargos dentro do Tribunal. Astaj aponta irregularidades em contratações.

Publicado em 28/05/2009 às 18:10 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:39

Da Redação

O Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba (Sojep) denunciou casos de nepotismo no poder judiciário paraibano na audiência pública promovida pelo Conselho Nacional de Justiça, na tarde desta quinta-feira (29), no Tribunal de Justiça da Paraíba, como etapa da correição feita pelo órgão.

O presidente do sindicato, Jeovan Cordeiro, apontou que parentes próximos a desembargadores estão ocupando cargos por indicação em diversos setores do poder judiciário, principalmente na ala médica.

Jeovan destaca que é comum encontrar esposas de juízes trabalhando como médicas, dentistas e enfermeiras no Tribunal de Justiça. Ele citou alguns nomes de juízes que tem esposas nessa situação, entre eles Miguel de Brito Lira, Márcio Murilo e Adailton Porto.

Além do setor médico, os gabinetes também estão repletos de parentes próximos aos magistrados. Ele também disse que casos de nepotismo cruzado, em que parentes de juízes e desembargadores são empregados no poder executivo, são práticas comuns na nova gestão do governo estadual.

Na audiência, o presidente da Asociação dos Técnicos e Analistas do Poder Judiciário da Paraíba (Astaj-PB), Françualdo Alves, também denunciou irregularidades no TJ. Ele apontou que, apesar das recentes limpezas no quadro de funcionários, feitas pelo atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Silvio Ramalho, ainda existem cerca de 955 funcionários que não estão trabalhando no local de origem.

Ou seja, esses funcionários foram originalmente contratados para trabalhar em uma comarca e por algum motivo foram transferidas para o TJ. E que muitos deles não estavam nem trabalhando na função pelo a qual foram contratados.

Françualdo disse que há casos de filhos e desembargadores e juízes que foram aprovados por concurso para serem oficiais de justiça, mas nunca cumpriram um mandado. E que agora eles estão trabalhando em funções diferentes no Tribunal.

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Jornal da Paraíba

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