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COTIDIANO

Oficiais e assistentes de chancelaria fazem greve

Paralisação prejudica os serviços de emissão de passaportes, concessão de vistos e atendimento a brasileiros no exterior.

Publicado em 10/06/2008 às 13:55

Da Agência Brasil

Oficiais e assistentes de chancelaria paralisaram suas atividades nesta terça-feira (10) por 24 horas e se manifestaram pela manhã na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reivindicando equiparação de salários com os diplomatas do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Na primeira greve da história do Itamaraty, eles suspenderam as atividades em, pelo menos, 80 postos de atendimento no exterior, prejudicando os serviços de emissão de passaportes, concessão de vistos, atendimento a brasileiros no exterior, entre outras ações.

Entre as cidades onde os postos de atendimento foram fechados estão Nova York, Los Angeles, Tóquio, Madri, Berlim, Roma e Cidade do México.

Apesar da manifestação, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou que não iria receber os grevistas, pois já havia negociado a questão do aumento salarial diretamente com o Itamaraty.

“Houve realmente um contato entre as duas instituições, mas, em todo o contato, uma das características é a nossa ausência e é isso o que nós queremos que pare. Nós queremos participação nas discussões.”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Chancelaria (Conac), Alexey Van der Brook.

De acordo com o presidente da Associação Nacional de Oficiais de Chancelaria, Antônio Carlos Toneto, existem problemas na comunicação das decisões referentes à carreira dos oficiais e assistentes. “Não existe transparência, uma coisa é dita para a gente e outra coisa é feita no Planejamento”, disse.

Outra reivindicação dos oficiais é o preenchimento das vagas em aberto na carreira, mediante realização de concurso público. “Nós temos nos multiplicado nos postos no exterior, assumindo diversos serviços, o que compromete a qualidade ", disse Van der Brook.

Nesta quarta-feira (11), oficiais e assistentes de chancelaria voltam ao trabalho, até que seja apresentada uma posição do MRE no que diz respeito às negociações. De acordo com Van der Brook e Toneto, o Itamaraty sinalizou uma possibilidade de os servidores serem incluídos no diálogo com o Ministério do Planejamento. Na próxima semana, deve ser realizada uma nova assembléia, para decidir os rumos do movimento.

Imagem

Jornal da Paraíba

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