COTIDIANO
ONU estima 8 mil mortos em um ano
Órgão qualificou de "brutal" a repressão do regime do ditador Bashar Assad.
Publicado em 16/03/2012 às 8:00
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, anunciou ontem que passou de oito mil o número de mortos após um ano do conflito entre governo e manifestantes na Síria, e qualificou de "brutal" a repressão do regime do ditador Bashar Assad.
"O secretário-geral expressa sua solidariedade ao povo da Síria e às suas legítimas aspirações para conseguir dignidade, liberdade e justiça", afirmou Martin Nesirky, porta-voz do secretário, em comunicado que lembra o aniversário do início dos protestos.
Ban Ki-Moon afirmou também que é "urgente acabar com o ciclo de violência" que vive o país e a "brutal repressão que continua inalterável" às manifestações dos civis sírios, chamadas de pacíficas pelo secretário-geral.
Ele também lamentou que mais de 8.000 pessoas tenham morrido "como resultado da decisão do governo por apostar em uma repressão violenta, em vez do diálogo político pacífico e a mudança verdadeira".
Desde 28 de fevereiro, a ONU estimava em 7.500 o número de óbitos em decorrência da repressão de forças de segurança de Assad, mas havia dito que, devido à falta de informação, o número poderia ser maior. Organizações de opositores estimam que mais de 30 mil pessoas tenham perdido a vida no país desde março do ano passado.
PEDIDOS
Mais uma vez, Ban Ki-Moon pediu ao regime sírio que pare com as operações militares contra os civis e que evite "uma maior militarização do conflito". "A situação na Síria é indefensável".
Ban Ki-Moon também voltou a pedir cooperação de Assad e dos opositores às negociações propostas pelo enviado especial da organização e da Liga Árabe, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, que foram rejeitadas por ambos os lados nesta semana, para garantir uma solução pacífica ao conflito.
Em um ano de enfrentamentos na Síria, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar uma resolução contra o regime de Assad.
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