COTIDIANO
Operação flagra venda de remédios falsificados e do SUS em farmácias
Proprietários de farmácias estão sendo presos na região metropolitana. Operação Sequela evita venda de produtos vencidos, contrabandeados e falsificados.
Publicado em 12/11/2009 às 10:49
Karoline Zilah
Medicamentos falsificados, contrabandeados e até remédios cuja distribuição deveria ser gratuita e exclusiva do Sistema Único de Saúde (SUS) são os alvos da Operação Sequela, que já interditou seis farmácias na Capital, em Bayeux e Santa Rita e prendeu em flagrante os responsáveis por estes estabelecimentos.
A fiscalização é realizada nesta quinta-feira (12) com o objetivo de recolher produtos que estão sendo vendidos de forma irregular nas farmácias da região metropolitana de João Pessoa.
Glauberto Bezerra, promotor de Defesa do Consumidor, explicou que a operação “evita a comercialização de remédios capazes de matar e de deixar sequelas gravíssimas nos cidadãos”.
Entre as pessoas presas em flagrante estão Valnei de Sousa Melo e a esposa dele, Rosilene Gomes Cardoso, que são sócios da Farmácia Econômica, em Mangabeira. No estabelecimento, que foi fechado, a fiscalização encontrou medicamentos do SUS que deveriam ser distribuídos apenas no sistema público de saúde e de forma gratuita.
A maioria dos produtos apreendidos são substâncias recomendadas para a disfunção erétil. A força-tarefa localizou falsificações de Cialis e Viagra, além de caixas de Pramil, Eroxil e Potent, todos contrabandeados do Paraguai.
João Peixoto, diretor técnico da área de medicamentos da Agevisa, explicou que estes remédios sem procedência podem provocar infarto fulminante e até a amputação do pênis.
Em alguns estabelecimentos foram encontradas caixas de produtos vencidos apresentando caixas rasuradas e datas de validade alteradas. Todas estas irregularidades são consideradas crimes hediondos, previstos no artigo 273 do Código Penal Brasileiro. Os proprietários das farmácias interditadas estão sendo indiciados criminalmente.
A Operação Sequela está sendo comandada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Estado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além dos órgãos estaduais e municipais deste setor, Conselho Regional de Farmácia, Fisco e Procon Estadual.
Atualizada às 11h47.
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