COTIDIANO
Operação Mãos Limpas prende mais empresários e servidores públicos
Operação da Polícia Federal contra desvio de recursos públicos foi deflagrada em setembro do ano passado. Na época, então presidente do TCE do Amapá foi preso em João Pessoa.
Publicado em 24/05/2011 às 11:05
Da Redação
Com Estadão
A Polícia Federal deu continuidade na segunda-feira (23) à Operação Mãos Limpas, que foi deflagrada em setembro do ano passado com foco em políticos do Amapá envolvidos em desvio de recursos públicos. Na época, foi cumprido um mandado de prisão em João Pessoa, na Paraíba, contra José Júlio de Miranda Coelho, então presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amapá.
De acordo com o jornal Estadão, os novos alvos da ofensiva foram as Superintendências Federais da Agricultura e da Aquicultura e Pesca. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e dez de busca e apreensão, nos dois órgãos, em empresas e nas casas de servidores públicos.
Entre os presos estão empresários e servidores públicos. Alguns já foram presos em outras operações e em outras fases da Mãos Limpas, como o titular da Superintendência Federal da Agricultura, Ruy Santos Carvalho. Ele já havia sido preso na primeira fase da Operação Mãos Limpas, em 10 de setembro do ano passado.
Operação Mãos Limpas
Em setembro do ano passado, a Operação Mãos Limpas realizou 18 prisões temporárias, fora as conduções coercitivas para tomada de depoimento, e 94 buscas e apreensões. Cerca de 600 policiais participaram das ações em quatro Estados: Amapá, Pará, Paraíba e São Paulo. O então governador do Amapá Pedro Paulo Dias (PP) e o ex-governador Waldez Góes (PDT) chegaram a ser presos na ofensiva.
As investigações da PF tiveram o apoio da Controladoria Geral da União. O trabalho mostrou uma série de irregularidades nos dois órgãos. O relatório apontou fraudes nas licitações para aquisição de materiais de expediente e de limpeza. As licitações, na maioria das vezes, eram dirigidas.
As empresas vencedoras recebiam a totalidade do valor, mas entregavam apenas uma pequena parte do material. Ainda não se sabe qual o montante do prejuízo.
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