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COTIDIANO

Pai de Andrezza diz que só fala com a Polícia Federal

Sebastião Guedes da Costa revela ter mais informações sobre o caso, mas que não confia mais nas polícias da Paraíba. Ele deve se encontrar com o governador Cássio às 15h desta quinta-feira.

Publicado em 07/08/2008 às 12:30 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:43

Maurício Melo

Sebastião Guedes da Costa, pai de Andrezza, diz que não confia mais na polícia da Paraíba e culpa, além de José Maranhão, governador na época, o atual governador Cássio Cunha Lima e, principalmente, o secretário de segurança da época, Pedro Adelson, a quem atribui a criação de uma farsa para culpar três inocentes.

“Na época, o secretário chegou a dizer que eu estava desequilibrado e precisava de tratamento. Eu não confio mais neles. Tenho mais evidências, mas só falo com a Polícia Federal, afirmou irritado. “Eu estive na Casa Civil e esperei 12 horas por Cássio, que não me atendeu”, concluiu.

“Quanto ao governador da época, eu o procurei e pedi que a Polícia Federal fosse acionada, e ele se comprometeu a ajudar, mas Pedro Adelson o demoveu da idéia e o caso foi deixado de lado. Eu culpo os dois por isso.” Sebastião Guedes guarda mágoa e diz que sua saúde está comprometida hoje por causa disso.

O pai disse que nestes dez anos reuniu muitas informações e evidências. Ele reafirma que sempre soube que a filha estava viva e que fazia parte de um grupo criminoso. “Ela resolveu seguir este caminho para poupar a família. Não foi seqüestrada, mas não teve escolha.”

De acordo com Sebastião, no dia em que desapareceu o casal, Andrezza e Alexsandro Fontinelli, eles teriam sido separados e levados para locais distintos: ele para ser executado e ela para seguir com o grupo indo embora da cidade.

Questionado sobre como seria um reencontro com a filha, Sebastião disse que não agüentaria. “Eu sou um homem fragilizado. Não sei o que poderia acontecer. Mas se agüentar, arrumarei os melhores advogados para ela. Não posso passar a mão na cabeça dela, mas teria a melhor defesa possível.”

Justiça – O promotor Nilton Vilhena responsável pelo caso na época determinou a reabertura do processo e com isso as investigações voltam à estaca zero. Ele disse ainda que se Andrezza reaparecesse hoje, ele pediria sua prisão. “Ela atrapalhou as investigações.” Já o atual secretário de Segurança do Estado, Eitel Santiago, confirmou a reabertura e que será designado um delegado especial para o caso.

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Jornal da Paraíba

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