Pai é suspeito de trocar a filha por pedras de crack em Cajazeiras

Da Redação

A Polícia Civil de Cajazeiras, no Sertão paraibano, prendeu preventivamente na tarde da segunda-feira (12) um catador de lixo, 46 anos, acusado de ter “vendido” a própria filha
de 3 anos para ser estuprada em troca de quatro pedras de crack. O crime teria ocorrido
no dia 28 de agosto deste ano, porém, a 'negociação' só foi descoberta após investigação policial.

Segundo informações da polícia, o crime teria sido praticado pelo pai da vítima, juntamente com um homem conhecido por “Cabeção”, preso em flagrante acusado
da execução do delito, e outro homem acusado de coautoria, “Erivelton”, também
preso ontem. Os três ficarão detidos preventivamente na Cadeia Pública de Cajazeiras
e a criança foi encaminhada temporariamente pelo Conselho Tutelar para a guarda
de outra família.

De acordo com o delegado Antônio Neto, nenhum dos réus confessou participação,
porém as contradições dos relatos indicam que foram partícipes na execução do
crime. “Já havia ouvido os dois novos presos em outra oportunidade, porém novos
fatos investigados indicam a participação do genitor no desdobramento da cadeia criminosa, tendo sido pedida e concedida a prisão preventiva de ambos. A linha de investigação indica que os dois são co-autores e revelam inicialmente a troca da criança por quatro pedras de crack”, afirma o delegado.

Crime

Na madrugada do dia 28 de agosto, a menina de 3 anos foi encontrada abandonada
em um matagal na cidade de Cajazeiras. Exames feitos no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Patos logo após o crime revelaram o estupro.

À época dos fatos, quatro pessoas prestaram depoimentos. Apenas “Cabeção”, que não teve o nome revelado, foi preso em flagrante pela execução do crime, mas negou autoria. A mãe da criança responde por abandono de incapaz. Segundo a Polícia Civil, mãe e pai são dependentes químicos.