COTIDIANO
Paraíba ocupa a quarta posição em número de homicídios
Paraíba só fica atrás dos estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia.
Publicado em 19/06/2012 às 8:00
Uma pesquisa realizada entre os anos de 1992 e 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem revelou uma realidade preocupante a nível nacional, e também no Estado da Paraíba: a quantidade de assassinatos de homens e mulheres assusta a população e provoca uma verdadeira ‘carnificina’. No caso da Paraíba, o Estado registrou o 4º maior índice de homicídios da região Nordeste, com uma taxa de 33,5 mortes para cada 100 mil habitantes, no ano de 2009.
O índice fica abaixo apenas dos Estados de Alagoas (59,3), Pernambuco (44,9) e Bahia (37,0), que na pesquisa aparecem com taxas ainda mais elevadas. O estudo ainda identificou as taxas de crimes contra a vida praticados contra mulheres e homens, nos municípios paraibanos.
No Brasil, a taxa de homicídios cresceu 41% nos 17 anos estudados pelas equipes do IBGE, de 1992 a 2009, de acordo com a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS). Em 2009, a média de assassinatos no país foi de 27,1 mortes para cada 100 mil habitantes, enquanto em 1992 o índice foi de 19,2.
Embora os dados sejam preocupantes, o último levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública da Paraíba mostra que houve uma desaceleração do número de homicídios, de 2011 até hoje, cujo índice vinha se elevando nos últimos 11 anos. Desde 2003, segundo a secretaria, havia um aumento médio de 12% ao ano nas taxas de homicídios. Os números saltaram de 615 em 2003 para 1.563 em 2010, ano em que ocorreu o maior acréscimo no número de assassinatos (24,9%).
Em 2011, porém, a polícia conseguiu quebrar a curva crescente de criminalidade e fechou o ano com um aumento de apenas 7.49%. “Para garantir a aferição correta, foi criado o Núcleo de Análise Criminal e Estatística, que monitora os crimes violentos letais intencionais. Adotamos uma metodologia criteriosa referenciada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com o uso de múltiplas fontes”, explicou o secretário Cláudio Lima.
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