COTIDIANO
Paraibana acusada de pistolagem é presa em Brasília
Paraibana estava sendo procurada pela polícia desde o início da operação deflagrada no último dia 27 de setembro.
Publicado em 11/10/2011 às 6:30
A paraibana acusada de comandar um dos grupos de pistolagem que atuam no Sertão paraibano foi presa em Brasília durante o final de semana e deverá ser transferida até a próxima quinta-feira para o presídio feminino de Patos.
Raimunda Ednalva de Mesquita, mais conhecida como ‘Nalva’, estava sendo procurada desde o início da operação ‘Laços de Sangue’, deflagrada no último dia 27 de setembro pela Polícia Civil.
Ednalva estava escondida na casa de uma cunhada em Brasília e foi detida pelos agentes da Delegacia de Capturas da Polícia Civil do Distrito Federal, em cumprimento a dois mandados de prisão por homicídio, expedidos pela Justiça nas comarcas de Patos e Catolé do Rocha. A primeira tentativa de prender a paraibana na capital federal foi na última terça-feira, quando ‘Nalva’ conseguiu escapar do cerco policial.
De acordo com Cristiano Jacques, delegado regional de Patos, Ednalva era uma das ‘comandantes’ da facção da família Oliveira, que trava uma disputa familiar há mais de 50 anos com os clãs Veras e Suassuna. “Ela era uma das responsáveis por arquitetar as mortes, planejando as ações e definindo as vítimas. As investigações apontam que ela foi a mandante das mortes dos irmãos Suassuna este ano, mas outros crimes estão sendo atribuídos à ela e continuamos as investigações”, adiantou.
Entre os assassinatos que teriam sido planejados por Ednalva, está a morte dos irmãos Sílvio Suassuna de Sousa, mais conhecido como ‘Moça Branca’ e de Aldo Suassuna de Sousa, o ‘Mimi’. Sílvio foi morto em 14 de março deste ano em Catolé do Rocha, enquanto Aldo executado em 25 de junho na cidade de Patos.
Com a prisão de ‘Nalva’, sobe para 17 o número de pessoas detidas durante a Operação Laços de Sangue. Todos os focos da polícia se concentram agora, nas buscas para localizar Edmilson Nascimento da Silva, conhecido pelos apelidos de ‘Careca’ ou ‘Biu’. Ele é acusado de pistolagem e continua foragido. De acordo com a polícia, a disputa entre famílias no Sertão, já provocou 95 mortes, sendo 64 ligadas diretamente à pistolagem. Os outros homicídios têm relação com contrabando e tráfico de drogas, crimes praticados para financiar a disputa familiar no Sertão.
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