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COTIDIANO

Paraibano é preso no Acre acusado de liderar bando e comprar armas

Além de Ariovaldo Santos de Melo, 28 anos, a polícia prendeu mais três acusados. Quadrilha já teria comprado até armas de longo alcance e capazes de derrubar até helicóptero.

Publicado em 21/01/2010 às 9:32

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Uma operação desencadeada na noite da última terça-feira(19) pelo Grupo Antiassalto da Polícia Civil (Gapc) do Estado do Acre terminou na prisão de três homens acusados de integrarem uma quadrilha interestadual especializada em assaltos contra terminais bancários e casas lotéricas. O grupo seria liderado, conforme a polícia, pelo paraibano Ariovaldo Santos de Melo, 28 anos, natural da cidade de Manaíra, no Sertão do Estado. Junto com ele foram presos o pernambucano Flávio da Silva Bezerra, 19 anos, de Belém de São Francisco, e Manoel Guimarães Prado, natural de Itamaraju, na Bahia.

Os três foram presos em uma casa alugada na rua Mirasol, no Conjunto Ruy Lino na cidade de Rio Branco, capital do Acre. Com eles, os policiais apreenderam um automóvel Saveiro de placa MZP-9118, uniformes similares aos do Exército, rádios de comunicação de longo alcance, compressores de ar, um revólver 38 especial, coletes à prova de balas, oito celulares, 194 cartuchos de pistola 9mm e 750 munições para fuzil.

De acordo com a polícia do Acre, o grupo é formado por mais quatro homens da região Nordeste, que chegariam ao Estado e planejava assaltar um dos terminais de autoatendimento em Rio Branco, na cidade de Porto Acre e no município de Juazeiro do Norte, na Bahia. O bando vinha sendo monitorado pelos agentes civis há cerca de seis meses, e os três acusados ainda são suspeitos de terem cometido pequenos assaltos em cidades próximas à capital do Acre. As prisões aconteceram graças a mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Francisco Djalma, de Rio Branco.

Segundo o coordenador da operação policial, delegado Karlesso Nespoli, os acusados também foram flagrados por câmeras de segurança durante um assalto à casa lotérica da cidade de Bujari na última sexta-feira (15), de onde levaram quase R$ 18 mil.

O que mais impressionou os agentes do Grupo Antiassalto do Acre é que o grupo já tinha comprado armas de longo alcance e capazes de derrubar até helicópteros a um dissidente da facção criminosa Sendero Luminoso, organização guerrilheira de inspiração maoísta fundada na década de 1960 e com a atuação no Peru, identificado apenas como “Peruja”.

Conforme o delegado Roberth Alencar, que também participou da operação, os acusados tinham adquirido muita munição, dois fuzis AK-47 e dois fuzis ponto 50 (armas capazes de derrubar um helicóptero), um investimento superior a 25 mil dólares. “Pelo que se apurou, essas armas seriam usadas nos assaltos aqui na região Norte e na Bahia e depois vendidas no Estado da Paraíba, onde o próprio Ariovaldo disse que ganharia muito dinheiro”, explicou Pedro Paulo Tavares, assessor de imprensa da Polícia Civil acreana.

Segundo ele, o paraibano chegou em Rio Branco há seis meses, depois de passar cinco anos detido em um presídio da cidade de Juazeiro da Bahia, onde cumpriu pena por tentativa de homicídio. Ariovaldo Santos de Melo, conforme a polícia do Acre, é especialista na utilização de maçaricos e no arrombamento de terminais bancários e já teria cometido crimes na Paraíba.

Investigação

“A partir de agora a polícia vai aprofundar as investigações para descobrir o grau de ligação entre o paraibano e os membros e dissidentes do Sendero Luminoso, assim como a forma como esses armamentos de alto alcance entrariam no Brasil e como seriam distribuídos até a Paraíba. A ideia é estabelecermos um trabalho conjunto com a Polícia Federal e com a polícia paraibana, o que pode resultar inclusive na descoberta de ramificações e rotas para o tráfico de armas com o Peru”, ressaltou Pedro Paulo. A polícia do Acre também vai investigar se o grupo planejava realizar assaltos na Paraíba.

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Jornal da Paraíba

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