COTIDIANO
Pastor é acusado de agredir agente
Após tentar estacionar em vaga para deficientes, pastor evangélico agride agente da Zona Azul no centro da capital.
Publicado em 27/07/2012 às 6:00
Um pastor de igreja evangélica foi preso em flagrante, na tarde de ontem, suspeito de agredir dois agentes da Zona Azul de João Pessoa. Segundo os depoimentos colhidos pelo delegado Roberto Jorge, Márcio Luiz Rocha de Oliveira, 37 anos, teria espancado o supervisor Genival Alves Barbosa e empurrado a agente Jordene da Silva Negreiros.
O fato aconteceu na rua Elizeu César, no Centro da capital, e após a confusão a população tentou linchar o pastor. Ele foi levado para a 2ª Delegacia Distrital e indiciado por lesão corporal grave e encaminhado para reclusão na Central de Polícia na noite de ontem. Até o fechamento desta edição, o acusado permanecia preso e, Genival, que foi socorrido para o Ortotrauma de João Pessoa, com ferimentos em todo o rosto, internado.
Segundo a agente Jordene da Silva, a confusão teria sido iniciada quando Márcio Luiz tentou estacionar o carro em uma vaga da Zona Sul destinada para portadores de necessidades especiais, sem apresentar a documentação requerida.
Márcio Luiz teria alegado que iria pegar a sogra e que ela possuía a deficiência física. “Quando voltei do almoço ele me chamou e disse para tirar a nota e só então mostrou o documento. Ele chamou ainda meu supervisor, que confirmou que eu poderia registrar a nota. Quando fui fazer isso, o motorista começou a xingar Genival e partiu para agressão”, contou Jordane.
Ainda segundo ela, quando tentou evitar que o supervisor fosse espancado, recebeu empurrões de Márcio Luiz. “Ele bateu muito em Genival, ao ponto dele ficar desacordado. Foi quando corri para pedir ajuda e, quando voltei, a população já estava querendo linchá-lo e ele escondido em uma loja”, afirmou.
O pastor alegou que entrou em luta corporal com o supervisor para se defender. “Ele começou a falar alto com minha esposa e com minha sogra e tentou me chutar. Foi quando eu reagi e entramos em luta corporal”, declarou Márcio Luiz, ao afirmar que os agentes da Zona Azul ainda depredaram o seu carro. Segundo o sargento Walter Veríssimo, que atendeu à ocorrência, quando a guarnição chegou o Corsa de placas MON – 6841 já estava riscado, pneus furados e a placa da frente arrancada.
O chefe do setor de estacionamento e registro da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de João Pessoa, Roberto Pinto, repudiou as agressões. “A Semob é contra qualquer agressão na Zona Azul. Apesar do serviço de exploração ser realizado por uma empresa concessionária, acompanhamos as investigações e repudiamos as agressões”, frisou.
Comentários