COTIDIANO
Pastor Estevam, Jair Bolsonaro, Jesus Cristo e a tortura
Publicado em 16/09/2018 às 8:48 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:38
Conheço o pastor Estevam Fernandes há muitos anos.
Acompanho e tenho respeito pelo trabalho dele à frente da Primeira Igreja Batista.
Leio agora a notícia de que o pastor está recomendando o voto em Jair Bolsonaro.
A opção de Estevam - durante um encontro com mais de 100 pastores evangélicos - é tão legítima quanto a crítica dura que a ele pode ser feita.
Não quero ir muito longe. Não é necessário.
Jesus Cristo está sempre presente nas conversas com o pastor da Igreja Batista. O Evangelho de Jesus Cristo. Os ensinamentos de Jesus Cristo. Não precisa ser no culto. É assim até numa conversa informal. E não poderia ser diferente.
Jair Bolsonaro defende a tortura. Defende que o próximo, por ser considerado inimigo, seja torturado. Enaltece a figura de Ustra, reconhecidamente um torturador dos tempos da ditadura militar.
Não vou falar de outras coisas do discurso de Bolsonaro. Machismo, racismo, homofobia, armas para que todos possam matar, etc. Não estou inventando. Tudo isso está nas falas e nas atitudes do candidato.
Mas vou ficar só com a defesa da tortura. Há vídeos em que ele faz isso. A tortura - uma prática absolutamente abominável, completamente indefensável.
A minha pergunta:
A tortura é compatível com o que nos ensinam os quatro Evangelhos?
A resposta é uma só:
Não!
Jesus Cristo defendendo a tortura, os torturadores? Nunca!
O pastor, que difunde ao seu rebanho os ensinamentos do Evangelho, recomendando o voto em Bolsonaro? Combina com o cristianismo?
Essa escolha de Estevam, definitivamente, não cabe no que aprendi na minha formação cristã nem no que continuo a depreender quando faço leituras dos textos evangélicos.
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