icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Pau de Dar em Doido na visão de um maloqueiro

Publicado em 14/07/2018 às 10:52 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:38


				
					Pau de Dar em Doido na visão de um maloqueiro

Ilsom Barros me chama de maloqueiro. Uma brincadeira surgida na madrugada de São Paulo, quando, depois do show de Paul McCartney no Morumbi, voltávamos caminhando para a casa onde ele e Thelma Ramalho moravam.

Essa alcunha de maloqueiro dá a medida da nossa amizade, da liberdade que temos um com o outro, das afinidades musicais. Ilsom é meu chapa!

Mesmo assim, não acompanho regularmente a música que ele produz. Nem no Zefirina Bomba nem no Pau de Dar em Doido.

Numa ida esta semana ao Recife, Ilsom me entregou o CD que o Pau de Dar em Doido lança neste sábado (14) em João Pessoa.

Emaranhado é o título.

Capa e encarte muito bem transados. 11 faixas distribuídas em 30 minutos gravados.

Ouvi duas vezes. Gostei muito. Segue uma trilha que me interessa.

Que trilha é essa?

Ela começou há uns 50 anos, como consequência da temporada que Gilberto Gil passou no Recife um pouco antes do Tropicalismo. Gil enxergou fusões que logo estariam nos discos tropicalistas. Os ritmos nordestinos misturados ao pop/rock que ingleses e americanos mandavam para o Brasil.

Essa trilha é a mesma seguida por Alceu Valença na década de 1970. Alceu e seus contemporâneos de Pernambuco, Paraíba, etc.

Novamente, lá na frente, por Chico Science e Nação Zumbi, no que se chamou de Manguebeat.

Tudo isso passou por Pernambuco.

Ilsom Barros é um pernambucano radicado na Paraíba, com alguns anos de São Paulo. Vai dos Beatles ao Nirvana. Do Trio Nordestino a Jards Macalé. Gosta de Glauber Rocha e Vladimir Carvalho. De Pedro Osmar e sua guerrilha cultural no Jaguaribe Carne.

Pau de Dar em Doido é a versão contemporânea dessa trilha percorrida por Gil, por Alceu, por Chico Science.

Emaranhado é um disco vigoroso. De rock pesado e de música muito nordestina.

Sonzão conciso, tecnicamente bem captado.

Letras porrada, necessárias. Panfletárias, sim, mas sem a babaquice que costuma contaminar os panfletos.

Pau de Dar em Doido! Emaranhado! O maloqueiro Ilsom e seus chapas mandam ver!

O lançamento será neste sábado (14) à noite na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa.

Imagem

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp