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COTIDIANO

PB entra na rota do contrabando de medicamentos vindos do Paraguai

A origem do produto, também seria o Paraguai e os remédios seriam destinados a farmácias pernambucanas e paraibanas. Investigações da PF começaram em setembro.

Publicado em 28/11/2010 às 8:10

João Paulo Medeiros, do Jornal da Paraíba

Não há levantamento específico que contabilize ou quantifique os prejuízos provocados pela comercialização de medicamentos falsos e/ou contrabandeados que são vendidos nas farmácias da Paraíba. Mas as autoridades sanitárias e o Ministério Público reconhecem que o Estado está na rota internacional desse tipo de crime e os danos para a saúde pública podem ser incalculáveis. Algumas farmácias paraibanas estariam ‘importando’ remédios do Paraguai, para serem vendidos em municípios paraibanos.

Em todo o Brasil, a quantidade de medicamentos apreendidos só tem aumentado. Nos primeiros seis meses deste ano, por exemplo, já foram retirados de circulação 316 toneladas de remédios falsos, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ansiva). Durante todo o ano de 2008, contudo, foram 40 toneladas e no ano seguinte, em 2009, o volume apreendido ficou pouco acima de 333 toneladas.
A constatação de que farmácias do Estado estariam comercializando os medicamentos do Paraguai foi feita no mês de outubro deste ano, durante a ‘Operação Dose Dupla’. A ação da Anvisa, em parceria com a Polícia Federal, apreendeu medicamentos em mais de cinco cidades do Estado de Pernambuco e em dois estabelecimentos de Monteiro, município localizado no Cariri paraibano. De acordo com a ‘Força-tarefa’, as farmácias estariam vendendo medicamentos vindos do Paraguai e até remédios de venda proibida no Brasil, como o ‘bramil’, uma espécie de genérico do viagra fabricado no Paraguai. Dois proprietários das farmácias foram detidos pela polícia e autuados em flagrante.

As investigações começaram a ser feitas pela Polícia Federal no mês de setembro deste ano, quando os agentes apreenderam mais de 50 mil caixas de remédios avaliadas em R$ 1 milhão no município pernambucano de Salgueiro. A origem do produto, também seria o Paraguai e os remédios seriam destinados a farmácias pernambucanas e paraibanas. Com as notas fiscais os agentes da Anvisa identificaram os estabelecimentos e realizaram as apreensões.

Na lista dos preferidos para os falsários ou contrabandeadores estão medicamentos prescrevidos pelos médicos para distúrbios sexuais, câncer e de alto valor aquisitivo. Mas para o promotor do Consumidor de João Pessoa, Glauberto Bezerra, Minas Gerais e o Sul do país também encaminhariam medicamentos falsos ou de venda proibida para a Paraíba. “Nós fizemos dois treinamentos com a Polícia Civil, com a Polícia Militar, com técnicos da Agevisa e com fiscais da Receita Estadual com o objetivo de facilitar a identificação e autuação desse tipo de produto, e estamos trabalhando fortemente no sentido de conscientizar a população sobre os riscos que eles podem trazer à saúde”, asseverou.

No ano passado e no mês de maio deste ano, duas operações denominadas ‘Sequelas I e II” desarticularam grupos suspeitos de também ‘importarem’ irregularmente medicamentos contrabandeados do Paraguai. Em 2009, mais de cinco mil unidades de medicamentos, entre xaropes e comprimidos, foram apreendidas pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa).

Na ‘Operação Sequela II’, quatro pessoas foram detidas e 3.217 carteiras de cigarros irregulares além de 63 comprimidos de Pramil e mais de 20 mil medicamentos de uso hospitalar com venda proibida em 15 estabelecimentos comerciais foram apreendidos, em Campina Grande, João Pessoa e Pitimbu.

“Nós temos outras investigações em andamento, sobre as quais não podemos adiantar maiores detalhes sob a pena de não atrapalhar o trabalho. As ações que temos tomadas são conjuntas, e temos recebido o apoio do próprio sindicato das farmácias”, acrescentou Glauberto Bezerra.

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Jornal da Paraíba

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