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COTIDIANO

PB registra sete casos de sequestros

Acionar a Polícia e não entrar em negociações com criminosos, são as principais orientações dadas à familiares de vítimas.

Publicado em 23/03/2012 às 6:30

O crime de sequestro tem se tornado frequente na Paraíba e já são pelo menos sete casos registrados este ano. Foram cinco casos só nas regiões Agreste e Cariri do Estado e os demais na Região Metropolitana de João Pessoa.

No Agreste e Cariri, os crimes começaram a aumentar no último dia 12, em Remígio, quando uma criança de 6 anos foi sequestrada pelo pai, que não tinha a guarda da filha. A polícia suspeita que ela esteja no Rio de Janeiro. No dia 14 de março, um estudante de 15 anos foi sequestrado quando estava na porta de casa, em Campina Grande e libertado após 24 horas de negociações, sem pagamento de resgate. Os suspeitos não foram localizados.

No dia 18, em Boa Vista, um caminhoneiro ficou refém de bandidos durante horas, até que foi liberado na zona rural e teve sua carga roubada. Ninguém foi preso. Já na última segunda-feira, um comerciante foi sequestrado por homens armados, na Alça Sudoeste de Campina Grande, e libertado horas depois próximo a Boqueirão. O veículo roubado pode ter sido utilizado no assalto a bancos em Aroeiras na última terça-feira. A última vítima foi o vereador Iremar Lino Costa, da cidade de Riacho de Santo Antônio.

Os dois casos da Região Metropolitana terminaram de forma trágica com a morte de Bianca Batista Gouveia e do funcionário público Bruno Ernesto. Bruno foi sequestrado e assassinado quando chegava a sua residência, no bairro dos Bancários, no mês passado. A Secretaria de Segurança e Defesa Social não dispõe de estatísticas referentes a sequestros no Estado.

Na Polícia Militar, o Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate), é responsável por atuar em situações de crise, quando existem assaltos com reféns. Conforme o major Bisneto, comandante do Gate, tentar fugir da abordagem criminosa não é uma atitude recomendada.

“Nós recomendamos não reagir e à família das vítimas nós indicamos não entrar em negociação com os criminosos. A polícia deve ser acionada, irá designar uma equipe específica para atuar no caso, localizar o refém e o libertar em segurança. Mesmo com o registro de sequestros que chegaram ao fim, com sucesso e liberação do refém após o pagamento da quantia exigida pelos sequestradores, esta não é uma atitude recomendada,” disse o major Bisneto.

Já o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, atua em situações complexas, mas o delegado Rodolfo Santa Cruz, titular do GOE, preferiu não revelar como é feito o trabalho de investigação em casos de sequestro, alegando que isso poderia alertar os criminosos.

“O GOE dá todo o suporte tático e operacional que requer a ocorrência. Este ano tivemos registrado apenas um caso de sequestro na Paraíba, que foi o caso de um garoto em Campina Grande. A polícia tem que ser imediatamente acionada, o que infelizmente não tem acontecido” disse Rodolfo.

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Jornal da Paraíba

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