COTIDIANO
PC ‘fecha’ indústria do tráfico na Paraíba
Publicado em 18/08/2012 às 8:00
Uma indústria do tráfico, com controle de gastos e lucros, lavagem de dinheiro e especificações bem definidas. Assim foi descrito pela Polícia Civil, um grupo desarticulado na última quinta-feira no Vale do Mamanguape e Brejo paraibano. O grupo que era comandado por um presidiário, além de abastecer as duas regiões, distribuía entorpecente para a Grande João Pessoa. Na operação foram detidas seis pessoas e apreendidos mais de 20 quilos de maconha e quatro adolescentes.
O grupo já atuava havia pelo menos seis anos e era comandado pelo presidiário Damião Barbosa de Lima, conhecido por ‘Damião de Araçagi’, transferido no último dia 31 para o presídio federal de Mossoró. Um outro detento do Presídio João Bosco Carneiro, em Guarabira, também é apontado pela polícia como sendo um dos líderes do grupo. Há 2 meses os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estudavam a atuação dos acusados.
A primeira prisão ocorreu na entrada da cidade de Guarabira, no Brejo paraibano, quando os policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) abordaram um veículo que transportava 12 tabletes de maconha. Nesta abordagem três adolescentes foram apreendidos e o taxista João Francisco dos Santos, de 38 anos, que conduzia o carro, preso em flagrante.
Após a primeira prisão, a polícia se deslocou até a cidade de Itapororoca, no Vale do Mamanguape, onde em uma casa foram apreendidos mais oito tabletes de maconha e uma balança de precisão. A equipe prendeu em flagrante Sebastião Costa Lopes, de 30 anos, que segundo a polícia já praticou latrocínio.
Ao retornar para Guarabira, a DRE localizou uma ‘boca de fumo’, onde apreendeu um tablete de maconha e prendeu José Silvestre da Silva, de 25 anos, mais conhecido por ‘Dudé’. Segundo o delegado Allan Terruel, o suspeito é o responsável por gerenciar todos os pontos de comercialização de drogas. No local também foi preso Thiago Sales de Lima, de 19 anos, mais conhecido por ‘Peixe’ e um adolescente apreendido.
Além da droga, foram apreendidos na operação policial, R$8 mil em cheque, além de R$2.217 em espécie, 15 celulares, um revólver calibre 38, munições, um computador e dois veículos.
Conforme o delegado, existia no grupo níveis diferenciados de liderança, a exemplo dos fornecedores da droga, os responsáveis por gerenciar as ‘bocas de fumo’, presidiários que por celular gerenciavam todo o processo, além de duas mulheres responsáveis por controlar os lucros do tráfico.
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