COTIDIANO
Polícia apresenta 4º acusado da morte do advogado Manoel Mattos
Irmão do dono da arma usada para o crime no dia 24 de janeiro, Cláudio Roberto Borges, conhecido por Claudinho, é acusado de ser um dos mandantes do crime.
Publicado em 16/02/2009 às 10:21
Da Redação
Cláudio Roberto Borges, de 39 anos, quarto acusado de envolvimento do assassinato do advogado Manoel Mattos a ser preso, vai ser apresentado à imprensa às 16h desta segunda-feira (16), na Central de Polícia em João Pessoa.
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Irmão do dono da arma usada para o crime no dia 24 de janeiro, Cláudio Roberto Borges, conhecido por Claudinho, é acusado de ser um dos mandantes do crime. Ele foi preso na sexta-feira (13) no município de Itambé, em Pernambuco, por volta das 15h.
De acordo com o delegado que está à frente do caso, Walter Brandão, Claudinho já respondeu por duas ações penais e é apontado por José Parafina, que foi preso no último dia 6, acusado de ser um dos executores.
Ainda segundo o delegado, a prisão preventiva do acusado foi expedida pela Juíza de Caaporã, Daniere Ferreira. O crime envolve denúncia de grupos de extermínio e Cláudio teria sido acusado por Manoel Mattos.
Caso Manoel Mattos
O advogado Manoel Mattos foi executado na praia do Marisco em Pitimbú no dia 24 de janeiro. As testemunhas disseram que dois homens encapuzados e armados com pistola calibre 12 chegaram a pé e invadiram a casa enquanto parentes e amigos festejavam.
Os bandidos renderam todos que estavam no local, levaram o advogado para o lado de fora da casa e dispararam dois tiros, um atingiu o peito e outro a cabeça. Eles fugiram sem levar nada do local.
Além de Claudinho, já foram presas outras três pessoas na operação conjunta entre as polícias civil e federal: o soldado Flávio Inácio Pereira, Zé Parafina, que seria um dos encapuzados e José Nilson, o dono da arma que matou o advogado.
O advogado era vice-presidente do PT estadual em Pernambuco e já vinha sofrendo atentados por ser um dos denunciantes de um grupo de extermínio na divisa de Pernambuco e Paraíba e por isso ficou sob escolta policial durante um ano.
O governador Cássio Cunha Lima fez pedido ao Ministério da Justiça para que a investigação da morte do advogado Manoel Mattos seja “federalizada” e dessa forma que fique a cargo da Polícia Federal.
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