COTIDIANO
Polícia confirma: ordem para queimar ônibus partiu do Serrotão
Informação foi confirmada pelo Delegado Henry Fábio, que disse ainda que as ações tinham como principal objetivo afrontar os órgãos de segurança pública do Estado.
Publicado em 18/05/2015 às 12:04
Os ataques ocorridos em Campina Grande nos últimos cinco dias que resultaram em dois ônibus queimados e outro danificado foram orquestrados por dois detentos do presídio Raimundo Asfora (Serrotão). A informação foi confirmada pelo Delegado de Roubos e Furtos, Henry Fábio, que disse ainda que as ações tinham como principal objetivo afrontar os órgãos de segurança pública do estado. As declarações foram concedidas durante uma entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (18), na Central da Polícia.
Segundo o delegado Henry Fábio, as ordens para queimar o ônibus partiram dos apenados Marcelo Fontinele e André Lima que estavam no Serrotão e foram transferidos para o presídio PB1 em João Pessoa. As ordens eram repassadas para a rua por Francinalda da Silva, 30 anos, Daniele Ângelo Pereira, 31, esposas dos dois, que também foram presas durante a operação.
Além delas, a Polícia prendeu ainda Adeilton de França Santos, 21 e um adolescente de 17 anos, envolvidos nos incêndios. As prisões ocorreram nos bairros da Glória e José Pinheiro, na zona leste. Nas residências dos suspeitos foram apreendias três armas de fogo, cerca de 5 quilos de maconha prensada e solta, vários celulares, um galão de 20 litros para combustíveis e dois litros de coquetel molotov (espécie de bomba caseira para provocar incêndios) prontos para serem explodidos.
“Daniele é esposa de Marcelo e Francinalda esposa do André. Os presos ordenavam o que era pra ser feito e as duas gerenciavam as ações fora do presídio com a ajuda do adolescente e de outros homens que estão sendo investigados. Toda essa onda de terror criada na cidade, tinha como objetivo afrontar a polícia. E se não fosse essa repressão mais ônibus seriam queimados”, disse o delegado.
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