COTIDIANO
Polícia divide CG em sete áreas para combater criminalidade
Plano operacional foi concluído na quarta-feira (14) pelas polícias Civil e Militar. Foram 126 assassinatos só neste ano na cidade. Número ultrapassou o índice do ano passado.
Publicado em 15/09/2011 às 8:08
João Paulo Medeiros
Combater a criminalidade e tornar o policiamento mais próximo da comunidade. Esses são alguns dos objetivos do novo plano operacional de segurança, concluído na quarta-feira (14) em parceria pelas polícias Civil e Militar e que vai dividir Campina Grande em sete áreas de atuação. A estratégia é ‘compatibilizar’ as regiões e ações desenvolvidas pelas forças de segurança no município, que este ano já registrou 126 assassinatos; três a mais do que nesse mesmo período do ano passado, quando tinham sido assassinadas 123 pessoas.
A cidade será mapeada em Zona Leste, cuja base funcionará no bairro do José Pinheiro; a Zona Norte, polarizada pelo bairro da Conceição; Zona Sul com a base localizada no Presidente Médici; e a Zona Oeste, em que o bairro das Malvinas servirá de base para o policiamento. A área central da cidade também servirá como outra base, assim como o distrito de São José da Mata, que será a 6ª área demarcada. O distrito de Galante e a cidade de Fagundes integrarão a 7ª unidade.
Em cada uma das áreas, as equipes contarão com um delegado e pelo menos duas equipes da Polícia Militar, que ficarão responsáveis pelo acompanhamento das ocorrências registradas.
“Com isso nós estamos implementando uma política em que o profissional da segurança pública fica mais próximo da comunidade e termina conhecendo melhor a sua área de atuação. Nossa meta é termos de início pelo menos duas viaturas para cada área, à disposição exclusivamente para o atendimento das demandas que apareçam”, explicou o coronel João da Mata, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar do município.
“Um detalhe interessante que nós observamos em nosso levantamento é que a área central da cidade registrou oito assassinatos, o que não é comum e nem podemos afirmar que com isso há insegurança nessa região. Foram casos pontuais”, destacou João da Mata, lembrando do assassinato do professor Valderi Duarte em uma pousada e da morte do travesti Daniel de Oliveira, ocorrida na Rua João Pessoa.
Mais agilidade nas investigações
Para a Polícia Civil de Campina Grande, o novo modelo baseado na compatibilidade vai proporcionar mais agilidade e eficiência no andamento das investigações. Este ano, o índice de elucidação de homicídios é de 61%, o que significa dizer que pelo menos 75 assassinatos já foram desvendados durante as investigações da Delegacia de Homicídios do município.
No ano passado de acordo com o superintendente da Polícia Civil, Wagner Dorta, o índice de elucidação dos crimes era de apenas 22%. “Esse trabalho em conjunto que vem sendo implementado certamente irá nos possibilitar um maior aproveitamento das informações coletadas e dos serviços realizados. E uma outra vantagem é que as polícias estarão mais próximo da população”, ressaltou Dorta.
Assassinato
Um dos desafios principais do novo modelo é diminuir o índice de assassinatos na cidade. Alguns dos bairros escolhidos para sediar as bases de segurança, inclusive, estão no topo do ranking desse tipo de crime.
Estatísticas
O distrito de São José da Mata lidera as estatísticas com 11 mortes. Logo em seguida aparece o bairro do Pedregal, com 10 casos; o José Pinheiro com 9 homicídios e o Centro, com 8 crimes.
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