COTIDIANO
Polícia do Rio ganha 1º laboratório contra lavagem de dinheiro do país
LAB-LD conta com câmeras, computadores e programas de alta tecnologia. Ideia é que projeto seja levado a todos os estados brasileiros.
Publicado em 27/08/2010 às 18:11
Do G1
A Polícia Civil do Rio acaba de ganhar o primeiro laboratório de tecnologia especializado contra lavagem de dinheiro do país. “O LAB-LD é o primeiro em todo o Brasil e tem como objetivo ser um órgão voltado para a análise de dados, priorizando o combate à lavagem de dinheiro”, informou a polícia, em nota, sobre o laboratório inaugurado na noite de quinta-feira (26), que pertence ao Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NCCLD).
“As atividades têm como finalidade produzir provas diferentes das periciais e de inteligência policial, organizando material comprobatório coletado por vias judiciais para o entendimento das informações, diferente do método de investigação, que coleta dados e apresenta indicativos possivelmente criminosos”, ainda segundo a assessoria do órgão.
O laboratório – que é resultado de um convênio entre o Ministério da Justiça, Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria de Segurança Pública do Rio e Polícia Civil do Rio – conta com monitoramento por câmeras, computadores e softwares de alta tecnologia, com o objetivo de facilitar o trabalho dos agentes nas atividades de análises de contas bancárias e telefônicas.
A ideia, segundo a Polícia Civil do Rio, é que o projeto se estenda a todos os estados brasileiros.
“Essa inauguração representa um marco na história da Polícia Civil. O laboratório vai mexer com o coração das quadrilhas, monitorando financeiramente, atingindo o que é mais importante nos bandidos. Nossos policiais foram qualificados em Brasília, no Ministério da Justiça, e estão preparados para desenvolver este trabalho”, afirmou o chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski.
Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, o LAB-LD será de grande importância no combate à criminalidade. “O crime organizado é uma indústria. Nós só podemos acabar com ela se entendermos e debruçarmos na inteligência policial. Precisamos perceber com inteligência que essa indústria é mantida com equipamentos avançados e cortá-la pelas suas raízes. Iniciativas como essa podem significar a diminuição do índice de criminalidade”, afirmou.
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