Polícia indicia seis por assassinato de casal em CG

A Delegacia de Homicídios de Campina Grande concluiu nesta terça-feira (15) o inquérito que investigou o assassinato do casal Washington Luís Alves de Menezes, 51 anos, e Lúcia Sant'Ana Pereira, 42 anos, mortos quando saiam de uma festa de casamento no bairro do Catolé, no dia 29 de março. No inquérito, que será entregue na quarta-feira (16) a Justiça, a delegada responsável pelo caso, Tatiana Matos, indiciou seis pessoas pelo duplo assassinato e por outras duas tentativas de homicídio praticadas contra o casal no mesmo mês em que o crime ocorreu. Além disso, a delegada já pediu a Justiça a prisão preventiva dos acusados, já que a prisão temporária deles acaba amanhã.

O sócio do casal em uma faculdade particular, Nelsivan Marques, e o agiota Franciclécio Farias foram apontados pela delegada como os mandantes do crime, que ocorreu na saída da festa de casamento de Nelsivan, do qual as vítimas foram padrinhos. Os dois foram indiciados por duplo homicídio qualificado, pela tentativa de homicídio contra o vigilante Lindojhonson Emiliano da Silva, que estava em frente a casa de festas e também foi baleado, e por outras duas tentativas de homicídio praticadas contra Lúcia e Washington nos dias 1º e 21 de março.

Também foram indiciados pelo duplo homicídio - e pela tentativa de homicídio contra o vigilante - Gilmar Barreto da Silva, Maria Gorete Alves e Samuel Alves de Souza, sendo este último o pistoleiro que executou o casal. Além disso, Gilmar e Samuel também foram indiciados pela outra tentativa de homicídio contra o casal, ocorrida no dia 21 de março. Já Aleff Sampaio dos Santos, primeiro pistoleiro contratado para matar o casal no dia 1º de março responderá por tentativa de homicídio e pelo roubo do celular do motorista de Washington.

Conforme a delegada, Nelsivan e Franciclécio se juntaram para planejar o crime por razões diferentes. O primeiro porque descobriu que estava sendo enganado pelo casal, na sociedade que tinham em uma faculdade, e também porque, em caso de morte das vítimas, ele seria o único dono do estabelecimento. Já Franciclécio estava com raiva porque não recebeu de Washington a quantia de R$ 81 mil referente a compra de um carro.

Segundo a delegada, caso o pedido de prisão preventiva seja acatado, os seis continuarão presos até o julgamento.