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COTIDIANO

Polícia Militar faz revista no CEJ

Durante a fiscalização foram apreendidos 14 telefones celulares e 17 espetos, um interno também foi detido por desacato.

Publicado em 24/01/2012 às 6:30


Policiais do Choque e Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) realizaram na manhã de ontem uma operação de segurança no interior do Centro Educacional do Jovem (CEJ), no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. A operação teve início às 6h e só terminou 10h, deixando um saldo de 14 celulares e 17 espetos de fabricação caseira apreendidos.

“Nós entramos no CEJ enquanto os internos ainda dormiam. O Gate ordenou que eles saíssem das celas, o Choque fez o trabalho de contenção e os monitores a revista de todas as celas. Todo o trabalho foi acompanhado pela direção da instituição e por uma defensora pública,” explicou o major Ferreira, comandante do Choque.

Durante a ação, um interno de 19 anos foi encaminhado à 9ª Delegacia Distrital, acusado de desacato à autoridade policial. Luíz Antônio Fernandes da Silva é acusado de desacatar os policiais com agressões verbais e foi preso em flagrante. Conforme o major Ferreira, mesmo algemado o homem chegou a destruir parte da viatura. Na delegacia ele foi autuado por danos ao patrimônio público, desacato e resistência à prisão. Após prestar depoimento ele retornou ao CEJ.

FUGA
No último sábado, dois internos conseguiram fugir pulando o muro da instituição. Um deles foi recapturado e outro permanece foragido. Apesar da operação pente fino ter sido realizada dois dias após a fuga, a assessoria de imprensa da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac) garantiu que a revista é rotineira.

No CEJ, estão abrigados homens com idades entre 18 e 21 anos, que foram apreendidos quando eram adolescentes e ainda cumprem medida socioeducativa. Um monitor, que preferiu não se identificar, revelou que os monitores sofrem constantes agressões físicas e são alvo de tentativa de homicídio, porque os jovens acreditam na impunidade e continuam praticando delitos.

“Eles colocam o espeto no pescoço do monitor, cometem agressões e mesmo assim continuam impunes. Nestes casos eles deveriam ser autuados na delegacia e encaminhados para o presídio, porque já são maiores de idade, mas isso não acontece,” disse o monitor.

Os monitores chegaram a fazer, na última semana, uma manifestação contra a falta de segurança. Na ocasião, a assessoria de imprensa da Fundac revelou que a diretora, Cassandra Figueiredo, estaria realizando reuniões para resolver o problema.

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Jornal da Paraíba

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