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COTIDIANO

Polícia prende quatro suspeitos de roubo de fios de cobre que deixou 760 mil pessoas sem água

A Polícia Civil informou que o roubo foi planejado por um dos suspeitos, enquanto os outros dois executaram o crime.

Publicado em 06/01/2025 às 8:03 | Atualizado em 06/01/2025 às 12:05


				
					Polícia prende quatro suspeitos de roubo de fios de cobre que deixou 760 mil pessoas sem água
Estação de tr. Antônio Vieira/TV Cabo Branco

Quatro homens foram presos na manhã desta segunda-feira (6) por suspeita de envolvimento no roubo de fios de cobre da Estação Elevatória de Água Bruta Gramame, pertencente à Cagepa. A ação criminosa, ocorrida em 31 de outubro de 2024, causou desabastecimento de água em todo o município de Cabedelo, na cidade de Conde e em 80% de João Pessoa, impactando cerca de 760 mil moradores.

Segundo o delegado Braz Morroni, um dos suspeitos planejou o crime e forneceu os veículos usados na operação, enquanto os outros dois executaram o roubo. A participação do quarto preso não foi detalhada. As prisões ocorreram no bairro Costa e Silva, em João Pessoa, durante uma operação da Polícia Civil, que também apreendeu celulares e veículos relacionados ao caso.

O delegado informou que os pedidos de prisão foram apresentados no ano passado e autorizados pela Justiça no fim do ano, permitindo a operação realizada nesta manhã.

Outro suspeito já havia sido preso em 4 de novembro. Ele é funcionário de uma oficina de carros pertencente ao homem apontado como mentor do crime. Com as novas prisões, sobe para cinco o número de presos relacionados ao caso.

Relembre o crime


				
					Polícia prende quatro suspeitos de roubo de fios de cobre que deixou 760 mil pessoas sem água
Técnicos da Cagepa religaram equipamentos da estação de água de madrugada. Cagepa/Divulgação

De acordo com a Cagepa, a equipe de manutenção da estação foi rendida por volta das 21h na quarta-feira, 30 de outubro. Eram entre oito e dez ladrões que estavam em busca dos cabos por causa do alto valor do cobre no mercado de venda clandestina.

O delegado Braz Morroni, responsável pela investigação do caso, explicou que os criminosos foram deixados por um veículo próximo ao local e seguiram a pé até a estação. Na fuga, eles roubaram dois veículos: um da Cagepa e outro de um funcionário da companhia de água. Ambos foram abandonados pelos assaltantes e encontrados pela Polícia Civil, que os encaminhou para a perícia.

Testemunhas afirmaram que a intenção dos criminosos era incendiar um dos veículos usados na fuga, mas não conseguiram, pois o carro caiu em um barranco próximo à Estação de Água de Gramame. Outro veículo foi abandonado na BR-101, e os criminosos seguiram em fuga em um terceiro carro. A polícia acredita que os carros possam conter vestígios biológicos ou impressões digitais, razão pela qual os assaltantes pretendiam se desfazer deles.

Na quinta-feira (31), o delegado também afirmou acreditar que o roubo foi planejado. A Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, alvo da ação criminosa, não possui câmeras de segurança, o que dificulta as investigações.

“Acreditamos, pelo modus operandi utilizado, que eles já sabiam o que estavam fazendo. Inclusive, há alguns meses, ocorreu esse mesmo furto na empresa, e pensamos que, pela forma como foi conduzido toda a ação criminosa, eles já sabiam o que estavam fazendo. Também consideramos que já existe uma pessoa específica, o receptor, para receber todo o cobre”, afirmou o delegado Braz Morroni, responsável pela investigação.

Segundo Morroni, criminosos também invadiram e levaram fios de cobre da estação no primeiro semestre deste ano, mas em menor quantidade, de forma que não interromperam a distribuição de água na região.O primeiro caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Conde, enquanto o roubo desta quarta-feira (30) está sob investigação da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCPAT).

De acordo com o levantamento realizado pela Gerência Regional do Litoral, os bandidos roubaram 450 metros de fios de cobre, causando um prejuízo de R$ 180 mil. No entanto, com a paralisação na distribuição de água, a Cagepa deixou de arrecadar aproximadamente R$ 1,7 milhões.

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Jornal da Paraíba

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