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COTIDIANO

Polícia tem informação de que mentor da Barbárie de Queimadas deixou a PB

Eduardo dos Santos Pereira fugiu do PB1 em novembro de 2020.

Publicado em 17/06/2021 às 17:47 | Atualizado em 17/06/2021 às 18:25


                                        
                                            Polícia tem informação de que mentor da Barbárie de Queimadas deixou a PB
Eduardo, mentor da barbárie de queimadas, fugiu da cadeia Foto: Francisco França

Eduardo dos Santos Pereira, mentor do crime conhecido como ‘Barbárie de Queimadas’, continua foragido sete meses depois de fugir da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1. A Polícia Civil disse ao G1 que trata-se de um caso delicado, tendo em vista a informação de que o foragido não se encontra mais na Paraíba, mas que segue com as investigações, aplicando os métodos cabíveis para o caso específico

Ele foi condenado a 108 anos pelo estupro coletivo que resultou na morte de duas mulheres e fugiu pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado do presídio, na noite do dia 17 de novembro.

Segundo o secretário executivo da Administração Penitenciária, João Paulo Barros, um vídeo do momento da fuga de Eduardo foi anexado ao inquérito policial do caso.

Um procedimento interno foi aberto para averiguar a conduta dos policiais que estavam trabalhando no momento em que a fuga aconteceu. Ainda conforme o secretário, este processo continua em andamento, aguardando o andamento das investigações.

Conforme informações do secretário, fornecidas ao G1 em janeiro, quatro policiais penais que faziam a segurança do setor foram encaminhados à Central de Polícia na mesma noite da fuga para prestar esclarecimentos. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Isaías Gualberto, um deles foi autuado por facilitação culposa e, em seguida, liberado.

De acordo com o secretário executivo da Administração Penitenciária, João Paulo Barros, a fuga aconteceu entre 19h e 20h. O preso fugiu pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado. Os quatro policiais penais que faziam a segurança do setor foram encaminhados à Central de Polícia ainda na noite da terça, para prestar esclarecimentos. Em entrevista ao G1, o delegado-geral da Polícia Civil, Isaías Gualberto, afirmou que um dos policiais foi autuado por facilitação culposa e, em seguida, liberado. Será instaurado um inquérito para investigar como a fuga aconteceu. Até a manhã desta quarta-feira (18), a polícia não tinha notícias do paradeiro de Eduardo dos Santos. O crime O crime que chocou o país aconteceu em fevereiro de 2012, na cidade de Queimadas. Cinco mulheres foram estupradas e duas delas mortas: Michele Domingues e Izabella Pajuçara.Elas estavam em uma festa de aniversário em uma casa com 10  homens. Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, os estupros foram planejados por Eduardo dos Santos Pereira.  Segundo informações contidas no processo, o estupro coletivo seria um “presente” para o irmão dele, Luciano dos Santos Pereira, que estava fazendo aniversário. Os dez homens combinaram que, durante a festa de aniversário, três deles apagariam o sistema de energia e invadiriam a casa com máscaras de carnaval se passando por assaltantes para poder render as vítimas e, depois que elas fossem amarradas e vendadas, todos iriam estuprá-las. Segundo o Ministério Público, no momento dos abusos, Michele Domingues e Izabella Pajuçara reconhecerem Eduardo como um dos agressores. Depois disso, os acusados colocaram as mulheres em uma pick-up e as levaram para a zona rural. Michelle chegou a se jogar do carro para tentar fugir e foi executada ao lado da igreja católica da cidade. Já Izabella foi morta em uma estrada vicinal. O crime foi elucidado porque uma terceira vítima também teria reconhecido os agressores, mas ficou calada até a chegada da polícia. Eduardo dos Santos, considerado o mentor dos crimes, foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão, em 2012. Segundo o juiz Antônio Maroja Limeira Filho, Eduardo foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime. Por sua vez, Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues, foram condenados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro e cumprem penas entre 26 a 44 anos de prisão em presídios, em João Pessoa. Três adolescentes, que participaram da “Barbárie”, já cumpriram medidas socioeducativas no Lar do Garoto, em Lagoa Seca.
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Dani Fechine

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