COTIDIANO
Policiais que encontraram corpo de Aryane detalham cena do crime
Posição do corpo e situação da vegetação do local deram pistas aos primeiros policiais que chegaram à cena. Depoimentos continuam e resultado de laudos ainda são aguardados.
Publicado em 05/05/2010 às 19:46
Maurício Melo
Os dois policiais militares Josué dos Santos Rodrigues e Olinaldo Estevan, além de um policial rodoviário que preferiu não ter seu nome divulgado pela imprensa, disseram como encontraram o corpo da estudante Aryane Thays, cujo corpo foi achado no dia 15 de abril às margens da BR-230. Os depoimentos foram dados à delegada Iumara Gomes que preside as investigações deste caso.
Ela revelou que um dos policiais teria, num primeiro momento, acreditado se tratar de um estupro por conta da falta de roupas da posição do corpo. Aryane foi encontrada sem blusa e com a calça aberta. Outro, no entanto, reparou na vegetação do local que apresentava sinais de que o corpo poderia ter sido arrastado até ali.
Um dos policiais contou que a primeira providência tomada após constatar a morte da estudante foi a de cobrir o corpo para preservar a imagem da vítima. "Como não havia outra forma, usamos uma blusa laranja que estava no local ao lado do corpo".
Esta blusa, segundo a delegada, não pertencia à vítima. Ela teria saído de casa usando uma camiseta branca com o desenho de um tigre. Além disso, nem os óculos, nem os calçados de Aryane foram encontrados até agora. Iumara ainda espera o resultado de alguns laudos periciais.
Na semana passada em entrevista exclusiva ao Paraíba1, a delegada Iumara Gomes revelou que, com base em resultados preliminares das perícias, a cena do crime foi premeditada e que a jovem não sofreu violência sexual na noite em que morreu. Ela também revelou que Aryane foi enforcada com algum objeto. Segundo ela, as marcas encontradas não foram de esganaduras feitas por mãos.
O suspeito
O estudante de Direito Luís Paes de Araújo Neto, de 23 anos, é o único suspeito de matar Aryane. Ele foi preso no último dia 19 quando planejava conceder uma entrevista coletiva à imprensa. Ele teria sido a última pessoa a se encontrar com a vítima, segunda a Polícia. Laudos comprocaram que a estudante estava grávida e que o pai era Luis Paes.
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