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COTIDIANO

Policial civil que disparou tiros ao alto em meio à torcida se apresenta

Agente de investigação se apresentou à Central de Polícia de madrugada, após se envolver em conflito na torcida do Treze, durante o jogo com o São Paulo em Campina Grande.

Publicado em 17/02/2011 às 7:45

Karoline Zilah

O policial civil que disparou tiros ao alto em meio à torcida do Treze no estádio O Amigão, em Campina Grande, se apresentou espontaneamente à Central de Polícia na madrugada desta quinta-feira (17). A confusão filmada por emissoras de TV durante o intervalo do jogo com o São Paulo ganhou repercussão nacional. A informação é do superintendente regional da Polícia Civil em Campina Grande, Wagner Dorta.

Assista ao vídeo

Em entrevista ao telejornal Bom Dia Paraíba, ele disse que o agente de investigação tentava 'apaziguar' um conflito entre torcedores na arquibancada quando disparou os tiros. O acusado responderá às investigações em liberdade, mas afastado de suas atividades.

Além dele, que trabalha na Central de Polícia, havia outros dois policiais armados. Porém, segundo o delegado, eles não serão investigados porque têm direito ao porte de arma e não chegaram a atirar. Todos estavam em trajes civis.

Ainda conforme Wagner Dorta, os três policiais envolvidos não estavam na escala de plantão, portanto estavam de folga.

De acordo com Wagner Dorta, a arma utilizada pelo agente foi apreendida. Ele responderá a inquérito administrativo na Corregedoria da Polícia Civil e criminalmente pelos disparos efetuados em via pública.

"Ele reagiu tentando apaziguar a situação depois que um torcedor ativou um rojão, que deixou uma pessoa ferida. Ele cometeu um ato infeliz, mas responderá à Corregedoria e à Justiça Comum", explicou o delegado regional.

Em resposta à atitude, um torcedor chegou a mostrar um documento para um dos homens armados para provar que era um trabalhador.

Militares fazem protesto

Revoltados com a atitude, torcedores chegaram a gritar o coro de "despreparado". Na mesma noite, policiais militares escalados para fazer a segurança do estádio fizeram um protesto com familiares. Eles queriam a implantação dos reajustes salariais previstos no projeto de lei conhecido como a 'PEC 300 da Paraíba'.

A segurança teve que ser feita por cadetes, que são soldados ainda no curso de formação.

Espancamento

A noite marcada por protestos e violência ainda teve um caso de espancamento. Fabiano Henrique Nascimento, de 32 anos, foi levado para o Hospital Regional de Campina Grande apresentando ferimentos decorrentes de agressões que teria sofrido na saída do estádio O Amigão. Ele deu entrada à meia-noite. O estado de saúde não foi revelado.

Atualizada às 8h10

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Jornal da Paraíba

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